Quem ainda não sacou o abono do Programa de Integração Social (PIS) ou do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) deve esperar até abril para ir ao banco.
Na data, o benefício passará dos atuais R$ 300 para R$ 350, acompanhando o reajuste do salário-mínimo. Isso significa um aumento de 16,66% ou 12,07%, com o desconto da inflação do período, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estudos Sócio-Econômicos (Dieese).
Pelas estimativas do Ministério do Trabalho e Emprego, 509.639 trabalhadores ainda não retiraram o dinheiro. Ao todo, 10,19 milhões de trabalhadores têm direito ao abono.
Quem não retirar o benefício até 30 de junho, perderá o direito. Em 2004, mais de 709 mil trabalhadores deixaram de resgatar o benefício, totalizando R$ 184,5 milhões não sacados por quem tinha direito. Quando não é retirado, o dinheiro volta para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
É preciso cumprir algumas exigências para receber o abono do PIS/Pasep: ter tido em 2004 rendimento mensal de até dois salários-mínimos, inscrição no programa por pelo menos cinco anos e ter trabalhado, no mínimo, 30 dias com carteira assinada em 2004.
Também é necessário que os dados do trabalhador tenham sido informados corretamente na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) pelo empregador. O rendimento é liberado para os inscritos no sistema até 4 de outubro de 1988.
Para retirar o dinheiro, basta comparecer a uma agência da Caixa com o documento de identidade e o número no PIS. Quem tem o Cartão do Cidadão pode retirar o dinheiro em terminais de auto-atendimento, lotéricas ou correspondentes bancários. Os servidores também podem sacar abonos e rendimentos do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) nas agências do Banco do Brasil.
A elevação do salário-mínimo vai alterar o valor de outros benefícios, como o seguro-desemprego. Neste caso, a parcela máxima do seguro-desemprego deve passar de R$ 561,31 para R$ 654,88. Já a parcela mínima passa de R$ 300 para R$ 350.