Com a conquista de reajustes acima da inflação, os trabalhadores ampliam suas pautas e querem discutir, na campanha salarial deste semestre, reivindicações como qualificação profissional subsidiada pelos patrões, distribuição gratuita de medicamentos e até mesmo o efeito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na criação de empregos. CUT e Força Sindical estimam que 5 milhões de trabalhadores paulistas como metalúrgicos, químicos, bancários, comerciários, têxteis e petroleiros devam negociar e fechar acordos neste semestre.
O resultado que eles obtiverem ajudará a pautar as campanhas salariais pelo país afora. O auxílio-educação é um dos itens que os bancários querem tirar do papel neste ano. O custo pode ser bancado pelos banqueiros, segundo diz Luiz Claudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo (CUT), porque só a receita com a prestação de serviços dos 11 maiores bancos aumentou 25,7% entre 2005 e 2006. A categoria quer discutir também um índice de remuneração variável pago de forma coletiva para complementar os reajustes e a participação nos lucros.