Trabalhadores reunidos em frente à Repar protestam contra a venda de ativos da companhia.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Os trabalhadores da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, aderiram ao movimento nacional em defesa da Petrobras e paralisaram as atividades nesta sexta-feira. O movimento, que começou ainda na noite de quinta-feira (23), por volta das 23h30, horário da troca de turno dos trabalhadores que não ocorreu, deve se estender ao longo do dia em todo o país. A greve de 24 horas é uma advertência contra a venda de ativos da empresa.

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No Paraná, além da Repar e da Fafen, fábrica de fertilizantes próxima à refinaria, também participam do movimento nacional a Usina do Xisto, em São Mateus do Sul, e o Terminal Aquaviário Transpetro de Paranaguá. Ao todo, são 3.650 funcionários da Petrobras atuando nessas unidades, segundo o Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro).

Greve de trabalhadores da Petrobras paralisa operações em 11 estados

Em protesto contra a venda de ativos da Petrobras, os trabalhadores da estatal paralisaram na manhã desta sexta-feira (24), as atividades em unidades operacionais de 11 estados do país.

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De acordo com o sindicato, além dos funcionários da Repar, 2 mil trabalhadores terceirizados que trabalham desde o dia 20 de julho na parada para manutenção da refinaria também aderiram ao movimento e cruzaram os braços nesta sexta-feira. No início da manhã, cerca de 500 trabalhadores estavam reunidos em frente à Repar, que teve todas as entradas bloqueadas, informou o Sindipetro.

A paralisação é descrita pela categoria como um alerta para uma mobilização maior, por tempo indeterminado, contra os cortes de investimentos e propostas de mudanças no marco regulatório do pré-sal. “Amanhã teremos surpresas e até atos radicais”, sinalizou nesta quinta o sindicalista Deyvid Bacelar, representante dos trabalhadores no conselho de administração da Petrobras.

“Sinalização”

O conselheiro Deyvid Bacelar ressaltou que a greve é uma sinalização ao comando da companhia sobre o descontentamento dos trabalhadores com as diretrizes da empresa. “Há uma movimentação forte, a categoria está mobilizada para dar sinalizações à companhia e ao conselho de administração sobre a pauta política, contra os desinvestimentos. Quanto ao que vai ocorrer, cada base vai definir, é surpresa”, indicou Bacelar, que é filiado ao PT e ligado à Federação Única dos Petroleiros (FUP).