Trabalhadores da unidade da Volkswagen em Taubaté (SP) entraram em greve na segunda-feira (17) à tarde, após cerca de 50 funcionários receberem cartas de demissão pela manhã, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté.
Questionada, a empresa não confirmou ou negou as demissões, mas afirmou em nota que a unidade tem os custos “mais altos da Volkswagen no Brasil”, e que tentou aplicar neste ano férias coletivas e suspensão temporária dos contratos de trabalho.
“No entanto, todos os esforços não foram suficientes para adequar a produção à demanda do mercado.” Segundo a direção, a empresa vinha negociando com o sindicato desde abril programas de “adequação de efetivo”.
Efetivo
Segundo os representantes dos trabalhadores, a unidade emprega 5.000 funcionários, e produz, principalmente, o modelo Up! (850 carros por dia), além de Gol e Voyage (120 por dia no total).
Ainda segundo o sindicato, a direção da empresa divulgou na terça (11), através de um quadro de aviso, que tomaria medidas para “manter a unidade de Taubaté competitiva”, afirmando haver 500 funcionários excedentes na fábrica, o que a Volkswagen não confirma.
Os funcionários decidiram em assembleia no dia seguinte ao aviso que entrariam em greve caso houvesse alguma demissão. Por isso, uma nova reunião não foi necessária para declarar greve após as demissões de segunda.
Foram realizadas nesta terça assembleia entre os funcionários para fornecer esclarecimentos sobre a greve, mas sem poder deliberativo. Está marcada para as 16h de quarta uma reunião entre Ministério do Trabalho, sindicato e diretoria da Volks.
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