O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) apresentou nesta terça-feira (17) uma contraproposta à Volvo para manter o emprego dos trabalhadores até o fim do ano. A proposta foi aprovada em assembleia realizada com os funcionários nesta manhã e está em análise pela montadora. A paralisação das atividades da fábrica na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) completou uma semana hoje e segue até o impasse ser resolvido.
A proposta apresentada pelo sindicato prevê que o prazo de adesão ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) proposto pela montadora na semana passada seja estendido até o dia 5 de dezembro de 2016. O objetivo é preservar o emprego dos funcionários da fábrica por mais seis meses, enquanto o mercado espera uma reação da economia com a entrada do novo governo.
O documento também prevê que sejam mantidas a correção salarial pelo INPC em setembro e a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) com antecipação de R$ 5 mil e discussão do valor final conforme manutenção dos empregos.
O sindicato também quer que o Plano de Demissão Involuntária (PDI) apresentado pela montadora só seja implantado em dezembro, caso a economia não se recupere.
Em entrevista à Gazeta do Povo na semana passada, o presidente da Volvo na América Latina, Carlos Morassutti, afirmou que a empresa não apresentará uma nova proposta ao sindicato. A montadora propôs um PDV com adesão até o fim de maio ou manutenção dos empregos em troca de postergar o reajuste salarial e redução de R$ 5 mil no PLR.
A Volvo confirma que está com ociosidade de 400 trabalhadores. A fábrica que produz caminhões, chassis de ônibus, cabines, caixas de câmbio e motores está operando com apenas um terço da capacidade instalada. Segundo a Anfavea, que reúne as montadoras brasileiras, as vendas de caminhões da Volvo caíram 24,1% nos quatro primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2015.
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