Os trabalhadores do setor de bares, hotéis e restaurantes vão entrar em greve a partir da meia-noite desta sexta-feira. A paralisação, definida na última quarta-feira durante assembleia no Sindicato dos trabalhadores no Setor de Hospedagem e Gastronomia de Curitiba (Sindehotéis), é por tempo indeterminado.

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A categoria pede piso de R$ 930 (o atual é R$ 798); reajuste pelo INPC mais 4% aos que ganham acima do piso; anuênio de 2%; cesta básica de R$ 200; seguro de vida de R$ 45 mil; vale transporte gratuito; vale refeição de R$ 20 e adicional de assiduidade de 20%. "Hoje os funcionários não têm direito a refeição, vale transporte ou anuênio. Ou seja, eles não têm nada", relata o presidente do Sindehotéis, Luís Alberto dos Santos.

Outro lado

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Para o presidente do sindicato empresarial de Hospedagem e Alimentação (Seha), Marco Antonio Fatuch, o pedido dos trabalhadores é economicamente inviável. "O empresário não tem como pagar o que eles pedem. Estamos sofrendo com a lei seca e o faturamento neste ano será 20% menor", relata.

A greve, segundo ele, é política. "Inclusive os piqueteiros não são funcionários. Eles estão recebendo R$ 30 para fazer piquete." Santos, do Sindehotéis, rebate a acusação e afirma que os patrões estão é desesperados. "É conversa fiada dele. Eles estão com medo, isso sim. Os trabalhadores são da categoria, basta vê-los nas ruas."

O salário mínimo oferecido pela classe patronal, que foi rejeitado pelos trabalhadores, é de R$ 884. Os empresários também pedem duas condições: que o funcionário passe a trabalhar na escala de 12 por 36 e com banco de horas, não hora extra.

A classe patronal vai se reunir amanhã, às 10h30, no Seha, para discutir como a greve será tratada. Até agora, segundo Fatuch, só há um posicionamento. "A greve é permitida por lei, mas se eles fizerem piquete em hotel ou restaurante não permitindo que um cliente ou um funcionário que queira trabalhar adentre, vamos pedir força pública", relata.