Os trabalhadores que atuam nas obras de construção civil do sítio Pimental, que é um dos canteiros da usina de Belo Monte, retomaram as atividades nesta quinta-feira (18). A área estava ocupada por índios e ribeirinhos desde 8 de outubro. Conforme informou a Norte Energia, após dois dias de debates foi negociado o fim da ocupação da área, permitindo o retorno ao trabalho de cerca de 900 empregados. "As pautas de reivindicações dos indígenas, pescadores e ribeirinhos foram atendidas pela Norte Energia, empresa responsável pela construção de Belo Monte", citou a empresa, em nota. Como parte das negociações, a Norte Energia construirá escolas e postos de saúde para os índios.
Segundo a empresa, o final da ocupação teve início na noite de quarta-feira, quando 45 pessoas embarcaram nos ônibus da empresa; com conclusão na manhã desta quinta-feira quando cerca de 35 pessoas partiram em "voadeiras", que são pequenas embarcações. A empresa ressaltou que as reuniões da Norte Energia com os manifestantes foram coordenadas pelos procuradores da Fundação Nacional do Índio (Funai) Leandro Santos da Guarda, e pela procuradora do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) Analice Uchoa Cavalcanti, com a presença de representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Ministério Público Federal e da Defensoria Pública do Estado do Pará.
A Norte Energia destacou que, apesar da paralisação, o cronograma da obra está mantido. A empresa informou que entre os pedidos dos indígenas estavam a construção de postos de saúde e escolas e informações sobre a reforma da Casa do Índio. Já os pescadores e ribeirinhos reivindicavam por alternativas de trabalho e querem que a Norte Energia apoie as iniciativas para revogar uma instrução normativa do Ibama que limita a pesca. A usina de Belo Monte está sendo construída no Rio Xingu (PA) e terá capacidade instalada de 11.233,1 megawatts (MW) de energia elétrica, sendo 4.571 MW médios ao ano.
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