Os metalúrgicos da empresa de eletrodomésticos Mabe (dona da Dako e da Continental) decidiram manter a ocupação das fábricas em Campinas e Hortolândia, no interior de São Paulo. A ocupação, que está em seu quinto dia, foi iniciada depois de a empresa ter a falência decretada pela Justiça. Nesta sexta-feira (19), os trabalhadores votaram em assembleia a manutenção do acampamento depois de a administradora da massa falida propor um mutirão de RH para auxiliá-los no andamento das demissões e acesso a benefícios desde que houvesse a liberação das fábricas.

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“Com a realização do mutirão do RH, as conquistas iriam além da baixa das carteiras”, disse a administradora, em nota, acrescentando que “lamenta a posição do sindicato e o resultado das assembleias, tendo em vista os esforços realizados em conjunto para a regularização da situação dos trabalhadores”.

Na quinta-feira (18), a Justiça já havia resguardado aos trabalhadores o direito de receberem as guias de saque do FGTS e do seguro desemprego junto à Caixa. Segundo o sindicato, a decisão de manter a ocupação é porque não há garantia de pagamento de outros direitos trabalhistas, como a multa de 40% sobre o FGTS. O objetivo da ocupação é impedir que o maquinário seja removido para que possa ser usado como possível fonte de receita. A Mabe passou três anos em recuperação judicial e desde dezembro demitiu 342 funcionários.

Para a administradora da massa falida, “sem a desocupação das fábricas as atividades (de RH) não poderão ser efetuadas em função da falta de garantia de segurança interna e externa dos membros da força tarefa e dos próprios trabalhadores”.