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Não houve acordo entre os Sindicatos dos Estivadores e dos Conferentes que trabalham no Porto de Paranaguá, no Litoral do estado, com o Sindicado dos Operadores Portuários do Estado do Paraná (Sindop). Na reunião que aconteceu na tarde desta terça-feira (10), o sindicato patronal pediu mais tempo para avaliar se voltaria a repassar uma verba destinada ao fundo social dos trabalhadores. Na segunda-feira(9) os trabalhadores paralisaram as atividades do porto em protesto contra a suspensão do repasse das verbas.

O presidente do Sindicato dos Estivadores de Paranaguá, Ariovaldo Barbosa José, disse que os trabalhadores só conversariam sobre prazo depois que o valor fosse pago. "Há trinta dias que o dinheiro não é repassado. Queremos o repasse imediatamente", afirma o presidente.

Já em uma assembléia realizada na noite desta desta terça-feira (10/07) os trabalhadores decidiram esperar uma resposta da empresa até segunda-feira (16). Até lá, o sindicato descarta a possibilidade de greve. Os estivadores prometem realizar novas paralisações caso o dinheiro do fundo não seja repassado até a próxima semana.

O fundo era usado para o custeio de serviços de saúde dos sindicalizados e dependentes. De acordo com os trabalhadores, o pagamento era resultado de um acordo feito em 1997 e servia como compensação pela diminuição de postos de trabalho. A assessoria de imprensa do Sindop disse que os operadores não vão se pronunciar sobre o caso.

O Porto de Paranaguá ficou fechado por 12 horas na segunda-feira (9), depois que os trabalhadores resolveram cruzar os braços, em uma paralisação de advertência. Aproximadamente 78 mil toneladas de adubo e soja deixaram de ser movimentadas em nove navios, segundo estimativa dos trabalhadores.

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