Em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (17), os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) do Paraná rejeitaram a proposta de reajuste salarial de 9%, a partir de 1º agosto, e aumento linear de R$ 100, a partir de janeiro de 2010, oferecida pelos Correios. Dessa forma, a greve será mantida por tempo indeterminado, segundo o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR).

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De acordo com um dos diretores do Sintcom-PR, Sandro de Oliveira, a proposta ainda está distante do que a categoria espera obter e não foi aceita nas assembleias que já tinham sido realizadas em outros 14 estados, além do Paraná. Os trabalhadores dos Correis reivindicam reposição salarial de 41,03%, que equivaleria às perdas somadas desde agosto de 1994, e aumento linear de R$ 300.

Se houver nova proposta dos Correios, haverá nova assembleia dos trabalhadores na tarde de sexta-feira (18). "O movimento continua em todo o país. Esperamos que as negociações avancem e as nossas reivindicações sejam atendidas", disse Oliveira.

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Nessa quinta-feira (17) a Federação Nacional dos Trabalhadores em Correios (Fentect) orientou que os sindicatos aprovassem a proposta e retornassem às atividades na sexta-feira (18).

Números da greve

Os Correios e o Sintcom-PR divergem quanto aos números da paralisação. A empresa afirmou que cerca de 15% dos trabalhadores aderiram ao movimento. Já o sindicato disse que a paralisação atingia 70% dos colaboradores.

A assessoria de imprensa da empresa informou também que a greve ainda não havia afetado o trabalho nas agências. E que, por precaução, os serviços Sedex 10, Sedex Hoje, Disk-Coleta foram suspensos temporariamente, pois havia o risco de que os prazos de entrega não fossem cumpridos.

No entanto, o setor de distribuição dava conta de que 300 mil correspondências não foram entregues na quarta-feira (16) no Paraná. Já o diretor do Sintcom-PR disse que aproximadamente 700 mil correspondências não chegaram ao destino na quarta-feira e na quinta-feira (17).

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Atos

De acordo com Oliveira, integrantes do sindicato tentariam entregar um documento com as reivindicações do movimento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na noite dessa quinta-feira (17), aproveitando a passagem do presidente por Curitiba.

E na sexta-feira (18) será feito um ato simbólico na sede estadual dos Correios, na Rua João Negrão. Os trabalhadores farão a lavagem do prédio. O horário do ato ainda não havia sido definido.

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