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Atualizado em 08/05/2006 às 19h19

A assembléia de credores da Varig que escolheria nesta segunda-feira uma das três propostas para o salvamento da empresa foi adiada por causa da grande quantidade de pessoas presentes. A nova assembléia acontecerá nesta terça-feira, às 9h, no hangar do Aeroporto Santos Dummont, no Rio. Depois do cancelamento, um quarto plano de salvamento começou a ser discutido entre trabalhadores e credores. Caso seja aprovado, ele também será posto em votação nesta terça.

O presidente da Varig, Marcelo Bottini, negou que o adiamento tenha sido uma manobra para ganhar tempo. Bottini também disse não acreditar que o atraso atrapalhe a situação da companhia.

- O adiamento não atrapalha. Acertadamente, o administrador judicial, a Deloitte, decidiu adiar a assembléia por motivo de segurança e pela quantidade de credores que ainda estavam do lado de fora e que poderiam contestar a assembléia. Questões de horas não afetam a situação da empresa - disse.

Segundo o administrador judicial do processo de recuperação da Varig, Alberto Fiori, da Consultoria Deloitte, a assembléia na sede da Fundação Rubem Berta foi cancelada por motivo de segurança. Cerca de 540 pessoas já tinham se credenciado e outras 150 aguardavam na fila para credenciamento. Fiori explicou que o espaço físico do auditório não comportava com segurança os presentes e por conta disso a direção da empresa e a consultoria decidiram pelo adiamento. Não haverá necessidade de novo credenciamento para os que já passaram por esse processo, apenas uma checagem. Houve revolta depois da decisão, mas não tumulto.

A quarta proposta de salvamento da companhia aérea negociada nesta segunda-feira prevê a separação da parte saudável da companhia (Varig operacional, com todas as rotas e aeronaves) da parte podre (Varig comercial, que ficaria com o passivo).

Até agora, a proposta preferida pelos credores era a do governo, que prevê a divisão da Varig em duas empresas, uma doméstica e outra internacional. A Varig doméstica posteriormente iria a leilão pelo preço mínimo de US$ 600 milhões. Já a Varig internacional ficaria com o passivo da companhia e continuaria em recuperação judicial.

Outra alternativa vem dos Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), que planeja a criação de uma Varig operacional e utilizaria os recursos do Fundo Aerus para a capitalização da empresa. O último plano é o do consultor Jaime Toscano, que diz representar investidores europeus dispostos a injetar US$ 1,9 bilhão na companhia.

Segundo o coordenador do TGV Márcio Masillac, a idéia é dar uma quarta opção ao mercado e a possíveis compradores da companhia. A nova proposta não invalidaria as anteriores.

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