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Curitiba

Trabalhadores enfrentam fila para dar entrada ao seguro-desemprego

Muitos trabalhadores estão passando sufoco para conseguir dar a entrada no seguro-desemprego. A dificuldade é tanta que muitos estão praticamente dormindo em frente aos postos da Agência do Trabalhador de Curitiba. A reportagem da RPC-TV esteve numa dessas agências às 6h e notou uma grande fila nesta quarta-feira (7).

Na agência visitada, a da Rua da Cidadania do Pinheirinho, muitos chegaram bem antes da reportagem. Gislandia chegou à 1h30 para ser a primeira da fila, embora o atendimento começasse apenas as 7h30. "Eu vim cedo hoje porque meu cunhado também está desempregado e veio cedo. Meu sobrinho veio ontem (terça-feira) e não conseguiu ser atendido", disse à reportagem do Paraná-TV.

Dona Maria Aparecida veio guardar lugar para o marido e também se preparou para esperar na fila. "Trouxe banquinho, água, tudo, pois ficar aí sentada é difícil", disse ela à reportagem da RPC-TV.

Idosos, jovens e mulheres com crianças no colo são obrigados a encarar a mesma rotina de chegar cedo e ficar sem senha para atendimento. "Num país tão cheio de riquezas e pessoas tão cheias de estudo é vergonhoso estar acontecendo uma coisa dessas", desabafou a desempregada Luziane da Rocha, que chegou às 5h, mas o marido guardava lugar para ela desde as 4h30. "Cheguei às 3h e trouxe cobertor e uma blusa extra por causa do frio. Eu acho um absurdo, pelo menos tinha que ter alguma senha quando chegar ou horário marcado", afirmou o desempregado Luciano Grossi à RPC-TV.

Das dezenas de pessoas esperando apenas 55 seriam atendidas na Rua da Cidadania do Pinheirinho. O número de funcionários é pequeno: são apenas três para dar entrada no seguro-desemprego, por isso muita gente vai ter que voltar outro dia e encarar a fila novamente.

Delegacia Regional do Trabalho

Outro local com fila é a Delegacia Regional do Trabalho, no Centro, onde também é possível dar entrada no seguro-desemprego. O órgão é o campeão no comprimento das filas, dando praticamente a volta na quadra. Nela, os primeiros chegaram por volta das 6h nesta quarta-feira (7). Na Agência do Trabalhador do Centro, o movimento intenso é na sala de espera. Por dia, 1,5 mil pessoas passam pelo local. O posto concentra a maior parte dos atendimentos. Todas as manhãs são distribuídas cerca de 200 senhas, quantia insuficiente para dar conta da demanda atípica para esta época do ano. "Esse movimento é igual ao do mês de março, final de fevereiro. Provavelmente pelo grande número de demissões que ocorreram em novembro e dezembro", afirmou a gerente da Agência do Trabalhador Elaine Ribeiro ao telejornal. Ela garantiu que o órgão está se preparando para fazer todos os atendimentos no mês de janeiro.

Mutirão

Por causa do aumento de movimento a Agência do Trabalhador vai fazer no sábado (10) um mutirão do seguro-desemprego. Mil pessoas devem ser atendidas na capital. É preciso retirar uma senha até sexta-feira (9) nos postos da Agência do Trabalhador ou pelo telefone 3883-2000. Até por volta das 12h30 desta quarta-feira (7), 800 destas mil senhas já tinham sido distribuídas.

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