Trabalhadores filiados a diversos sindicatos realizaram, na manhã desta quarta-feira (21), uma passeata desde o Centro até o Centro Cívico de Curitiba, em protesto pela redução da taxa juros praticada no Brasil. De acordo com os organizadores, cerca de mil pessoas participaram da manifestação, com faixas, cartazes e carros de som. A Polícia Militar (PM), que acompanha o protesto, no entanto, afirma que o número de manifestantes ficou em torno de 250.
A manifestação seguiu uma iniciativa nacional, que realiza atos, em cinco capitais, no dia em que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anuncia a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic).
O grupo começou a se reunir por volta das 10 horas na Praça Santos Andrade, no Centro, e iniciou a caminhada às 10h30. Por volta das 11 horas, os manifestantes chegaram à frente da sede do Banco Central (BC) em Curitiba, na Avenida Cândido de Abreu, onde permaneceram até o meio-dia. A intenção, segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR), Roni Barbosa, foi pressionar o BC a atender as reivindicações dos manifestantes e reduzir a taxa básica de juros.
"Temos a maior taxa de juros do mundo; achamos que é totalmente possível reduzir em pelo menos 2% esse índice", diz Barbosa. "A queda na Selic é fundamental para o desenvolvimento da economia do país e consequentemente para a manutenção e geração de empregos", afirma. A taxa básica de juros é de 13,75% ao ano.
Agentes de trânsito que acompanham a passeata fecharam a pista mais da direita da Cândido de Abreu no sentido Centro-Centro Cívico, em frente ao prédio do BC. De acordo com a Diretoria de Trânsito (Diretran), no entanto, o tráfego não chegou a ser prejudicado, uma vez que os veículos podem utilizar a outra pista da avenida no mesmo sentido, sem alteração no trajeto.
Além da CUT, participaram do protesto em Curitiba a Força Sindical do Paraná, Central dos Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil (CTB), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e União Geral dos Trabalhadores (UGT), que representam, ao todo, aproximadamente 2,5 milhões de trabalhadores paranaenses.
Durante a manhã, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) retardou por cerca de uma hora o início do turno da manhã de algumas das principais empresas do setor metal-mecânico da região metropolitana Bosch, New Holand, Renault, e Volvo.
Por volta das 14h30, o sindicato realizou assembleias de meia hora de duração na entrada dos trabalhadores do turno da tarde nas empresas Bosch e Volkswagen.