Os funcionários da Volvo Caminhões, em Curitiba, rejeitaram a nova proposta da empresa e seguem em greve por tempo indeterminado. A continuidade da greve foi decidida em assembleia na porta da fábrica, na manhã de ontem, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC). A paralisação teve início na terça-feira.
De acordo com o SMC, a Volvo ofereceu R$ 18 mil como Participação nos Lucros e Resultados (PLR), abono de R$ 6 mil e reajuste real de 2,51% nos salários. Desses benefícios, os trabalhadores receberiam R$ 12 mil ainda em maio e o rejuste salarial em setembro (data-base da categoria).
Os metalúrgicos rejeitaram a oferta da empresa e fizeram uma contraproposta à Volvo. A categoria reivindica R$ 25 mil de PLR (R$ 12,5 mil de 1ª parcela em maio/2012 + R$ 12,5 mil de 2ª parcela, em fev/2013) e 3% de aumento real (reajuste salarial acima da inflação, medida pelo INPC), aplicados em setembro/2012.
Os trabalhadores esperam que a empresa avalie a contraproposta até a manhã de hoje e marcaram uma nova assembleia para as 8 horas.
Aproximadamente 3,1 mil metalúrgicos e 1 mil funcionários do setor administrativo participaram da assembleia de quinta-feira, segundo dados do sindicato. A cada dia de greve, a empresa deixa de fabricar oito ônibus, 40 caminhões leves e 68 caminhões pesados.