Em nova assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (25), os trabalhadores da Volvo rejeitaram a proposta da montadora e decidiram pela continuidade da greve, que já dura 12 dias.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, 58% dos trabalhadores decidiram manter a greve. Em votação secreta, a maioria dos 1.830 votantes não aprovou a nova proposta salarial feita pela companhia, que previa um aumento de R$ 5 mil para R$ 7,8 mil na primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), atendendo a uma solicitação dos funcionários. De acordo com o sindicato, a maioria dos metalúrgicos continua mobilizada por um adiantamento de R$ 9,5 mil na PLR. Uma nova assembleia será realizada nesta terça-feira (26), às 7h, caso haja uma nova proposta.
Os trabalhadores administrativos não-associados da montadora sueca voltaram ao trabalho na segunda-feira (18), após a aprovação da proposta da empresa em assembleia.
Proposta recusada
A nova proposta da empresa, segundo o sindicato, previa: lay-off (suspensão provisória do contrato de trabalho) de sete meses, sendo cinco em regime normal (onde os trabalhadores recebem seguro-desemprego e a complementação salarial da empresa) e dois com a Volvo assumindo a integralidade do salário; Plano de Demissão Voluntária (PDV), com pagamento de salários e mais os direitos trabalhistas previstos até 15 de dezembro de 2015, mais um pacote de um a quatro salários de acordo com o tempo de empresa, mais a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) 2015; manutenção do PLR referencial de R$ 30 mil, levando em conta o mesmo volume de produção de 2014, mas sem os limitadores mínimos.
A primeira parcela que inicialmente era de R$ 5 mil, para pagamento em junho, passou para R$ 7,8 mil; reajuste salarial sem ganho real, com base apenas no INPC; e compensação dos dias parados por meio do banco de horas.