A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta sexta-feira (18), revelou um ótimo desempenho no mercado de trabalho no Brasil nos meses pré-crise de 2008. No ano passado, o número de ocupados no Brasil somou 92,4 milhões de pessoas, com aumento de 2,8% em relação a 2007, quando havia 89,89 milhões de ocupados. De um ano para o outro, foram registrados 2,5 milhões de postos de trabalho a mais do que no ano anterior.

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Segundo a pesquisa, cuja apuração foi concluída em setembro de 2008, antes dos efeitos das turbulências nos indicadores econômicos, a taxa de desemprego no ano passado ficou em 7,1%, ante 8,1% em 2007. A taxa de 2008 foi a menor desde o início da série desse indicador na Pnad, em 2001. Ao contrário da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada mensalmente pelo IBGE e que abrange apenas seis regiões metropolitanas do País, a Pnad tem abrangência nacional.

As boas notícias confirmadas pela pesquisa sobre o mercado de trabalho no ano passado incluem também o aumento da formalidade. O porcentual de trabalhadores com carteira assinada no total de ocupados passou de 33,1% em 2007 para 34,5% no ano passado. O número de empregados (excluindo trabalhadores domésticos) com carteira assinada aumentou em 2,1 milhões de 2007 para 2008, o que significa que a maior parte das contratações ocorridas no ano passado foram formais. De um ano para o outro, houve aumento de 7,1% no total de empregos com carteira.

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O gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE, Cimar Azeredo, destacou que desde 2004, paulatinamente, há aumento do emprego com carteira assinada no País e o ano passado deu sequência a um processo de formalização do mercado de trabalho. Ainda de acordo com ele, mesmo com a redução da taxa de desemprego no ano passado, "o número ainda é elevado, a demanda para se inserir no mercado de trabalho ainda é grande no Brasil, temos ainda um elevado nível de desocupação".

A Pnad é realizada anualmente e investiga os temas de habitação, rendimento e trabalho, associados a aspectos demográficos e educacionais. A pesquisa tem seus primórdios em 1967, quando foi iniciada apenas na área do Rio de Janeiro, e na atualidade é realizada nacionalmente, por meio de uma amostra de domicílios. No levantamento divulgado hoje foram pesquisadas 391.868 pessoas e 150.591 unidades domiciliares, distribuídas por todo o País. A parte de rendimento da Pnad aperfeiçoa a estimativa de rendimento das famílias usada nas contas nacionais. Além disso, a Pnad é utilizada na estimativa da população brasileira. A pesquisa ainda é tomada como base para o estudo chamado Síntese de Indicadores Sociais, que o IBGE divulgará em outubro.