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Tradener quer ter 7% do mercado livre em 5 anos

As duas mais antigas comercializadoras de energia elétrica do país, fundadas em Curitiba em 1998, agora trabalham juntas. A pioneira Tradener comprou a Trade Energy.

A iniciativa do negócio, concluído em setembro, partiu dos donos da Trade, que buscavam um sócio maior. Os nomes das duas empresas serão mantidos e as equipes vão trabalhar com autonomia, mas de forma complementar, diz o presidente do grupo, Walfrido Avila. O valor da transação é segredo.

A meta é alcançar, em cinco anos, uma fatia de 7% dos negócios no mercado livre, ambiente restrito a grandes consumidores de energia e do qual participam 140 comercializadoras. A fatia atual não foi revelada.

Ao contrário do mercado cativo, no qual a energia é fornecida pela concessionária de cada região, no livre o consumidor pode negociar preços, prazos e quantidades com a empresa que preferir. O papel das comercializadoras é intermediar essas operações.

As atividades da Tradener e da Trade se complementam. A primeira se concentra na compra e venda de energia – em 15 anos, participou de mais de 500 leilões. A segunda atua na prestação de serviços, administrando a "carteira de energia" de seus clientes.

O mercado livre representa 27% do consumo de energia do país. Segundo Avila, os preços nesse ambiente continuam atraentes, mesmo depois que o governo decidiu, em 2012, repassar só ao mercado regulado a queda de tarifas resultante da renovação de concessões. "Nos últimos cinco anos, os consumidores livres economizaram juntos R$ 20 bilhões, em comparação ao que gastariam no cativo", diz.

QUASE R$ 1 BILHÃO

O ano de 2012 foi de muitos negócios para a Tradener. Sua receita líquida triplicou em relação a 2011, chegando a R$ 999,7 milhões. E o lucro líquido saltou de R$ 5,3 milhões para R$ 45,5 milhões, segundo o anuário Valor 1000.

EX-SÓCIAS

No início, a Tradener pertencia a três empresas: a holandesa Logos Energia, a DGW Participações e a Copel. A estatal tinha 45% e os sócios privados, 55%. A Copel deixou a sociedade em 2003, por ordem do então governador Roberto Requião, e a Logos vendeu sua parte à DGW em 2011.

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