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Estimativa

Trajetória de queda da moeda norte-americana deve continuar

São Paulo – O ex-diretor do Banco Central Emílio Garófalo acredita que o dólar deve manter a tendência de desvalorização até o fim do ano perante as moedas internacionais, especialmente o euro, pois as autoridades norte-americanas acreditam que a prioridade da política monetária é evitar que os Estados Unidos entrem em um processo recessivo, o que não deve estimular o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a elevar os juros nos próximos meses. "O euro tecnicamente já está em US$ 1,50. A trajetória mais provável é de manutenção da depreciação da moeda norte-americana no curto prazo."

Garófalo diz, no entanto, que é muito difícil estimar quanto que a cotação do dólar frente ao euro deve chegar nas próximas semanas mas frisou que é bem provável a continuidade de depreciação porque a queda do nível de atividade nos EUA é muito forte, provocada sobretudo pela depressão registrada pelo setor imobiliário. Segundo ele, há um temor de investidores e analistas internacionais de que os problemas registrados pelas hipotecas do segmento de segunda linha (subprime) ainda podem apresentar desdobramentos severos sobre bancos, o que poderia retomar as dificuldades de concessão de crédito apuradas pelas empresas em agosto. "Neste contexto, é compreensível porque o Federal Reserve está mais preocupado com a velocidade do crescimento da economia norte-americana do que com a inflação."

Garófalo avalia que outro fator para a desvalorização do dólar é o interesse das autoridades norte-americanas em diminuir o déficit de transações correntes dos EUA, que atingiu 6,2% do PIB em 2006, o equivalente a US$ 811 bilhões.

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