Brasília – A conta de transações correntes do Brasil – que representa as principais operações financeiras do país com o exterior na área comercial, de serviços e rendas – apresentou um superávit de US$ 2,095 bilhões no mês passado, contra US$ 803 milhões no mesmo mês de 2005. Os dados foram divulgados ontem pelo Banco Central.

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Os superávits da balança comercial, de US$ 4,515 bilhões e da conta de transferência unilaterais, de US$ 356 milhões, foram suficientes para cobrir o saldo negativo da conta de serviços e renda, que ficou negativo em US$ 2,095 bilhões. No ano, o superávit até agosto é de US$ 8,225 bilhões. Uma queda de 4,7% na comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 8,628 bilhões).

O Banco Central revisou de US$ 8,8 bilhões para US$ 11,9 bilhões a projeção de superávit na conta corrente neste ano. Em 2005, ela ficou positiva em US$ 14,193 bilhões. Isso ocorreu por conta da expectativa de um superávit comercial maior, de US$ 41 bilhões, contra US$ 39 bilhões da previsão anterior.

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Já a previsão de déficit na conta de serviços e rendas caiu em US$ 1 bilhão, para US$ 33,1 bilhões.

O balanço de pagamentos, que reflete as movimentações de recursos feitas com o exterior, encerrou o mês passado com um saldo positivo de US$ 4,433 bilhões, contra um déficit de US$ 48 milhões em agosto do ano passado. No ano, está positivo em US$ 16,51 bilhões.

O balanço inclui o resultado das transações correntes mais a conta capital e financeira (que representam as operações financeiras do país com o exterior) e o ingresso de investimentos estrangeiros.

Já os investimentos estrangeiros somaram em agosto US$ 1,182 bilhão. Nos primeiros oito meses do ano, eles chegam a US$ 10,155 bilhões. A previsão do BC para o ano é que a entrada desses recursos chegue a US$ 18 bilhões.