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"Politização"

Transparência Internacional diz que Pochmann coloca “em risco” credibilidade do IBGE

Transparência Internacional diz que Pochmann coloca “em risco” credibilidade do IBGE
Transparência Internacional pediu aos funcionários do IBGE que “continuem resistindo à politização” em meio à crise com Pochmann. (Foto: Pedro França/Agência Senado)
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A ONG Transparência Internacional Brasil afirmou que o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, coloca “em risco” a credibilidade da instituição. A entidade defendeu que os servidores “continuem resistindo à politização”. Os protestos contra a gestão de Pochmann ocorrem desde setembro do ano passado.

“O IBGE é uma instituição respeitada internacionalmente. Ela cumpre função essencial de produção e transparência de dados vitais sobre e para o país. Por isso, é extremamente preocupante que o atual presidente possa colocar essa credibilidade em risco”, disse a ONG, em nota divulgada nesta quinta-feira (30) nas redes sociais.

Mais cedo, servidores da área de comunicação do IBGE acusaram Pochmann de ser um “presidente paralelo” que usa os canais oficiais do instituto e “turnês oportunistas pelo país” para se promover politicamente. Cerca de 300 servidores assinaram o manifesto divulgado nesta sexta (31) contra a atual gestão.

A Transparência Internacional citou como exemplo o que ocorreu no Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (Indec) nos governos de Néstor Kirchner (2003-2007) e Cristina Kirchner (2007-2015).

“Na Argentina, o INDEC, equivalente ao nosso IBGE, foi sequestrado politicamente durante os governos kirchneristas. Com isso, passaram a ocorrer apagões de dados e denúncias de manipulações, destruindo a reputação do órgão e, com isso, a credibilidade internacional da Argentina”, apontou.

“É fundamental que os funcionários do IBGE continuem resistindo à politização e que a sociedade e as instituições brasileiras se juntem a essa defesa”, acrescentou a entidade.

A criação de uma fundação pública de direito privado, o IBGE+, vinculada ao instituto foi uma das iniciativas que deram início a insatisfação dos servidores com Pochmann

O estatuto da nova entidade permitiria a realização de trabalhos para organizações públicas e privadas, o que provocou críticas internas e levou a fundação a ser apelidada de “IBGE paralelo”.

Na tentativa de diminuir a tensão, o Ministério do Planejamento e o instituto suspenderam temporariamente a criação do Fundação IBGE+. A decisão, anunciada nesta quinta (30), parece não ter surtido efeito.

Na quarta (29), Pochmann minimizou as críticas sobre a sua gestão e o pedido de afastamento apresentado pela oposição contra ele. “Há questionamentos e resistência, que são normais numa gestão democrática. Só numa gestão democrática é possível haver manifestações. Diante do subfinanciamento, é necessário tomar decisões”, disse em evento de lançamento do plano de trabalho do IBGE para 2025.

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