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Mercado

Treinamento reúne clientes e funcionários do HSBC

No fim de novembro, o diretor da La Violetera, Carlos Barth, esteve reunido com cerca de 30 outros clientes e funcionários do banco HSBC no Paraná. Eram gerentes da área de middle market (pequenas e médias empresas) e economistas, empresários, administradores e diretores financeiros de empresas como a Globoaves (líder no fornecimento de ovos fertilizados e (pintainhos) para as granjas brasileiras), Interlink (fabricante européia de móveis, com unidade em Santa Catarina), a importadora Moinho Iguaçu e outras tantas que atuam no comércio internacional.

A convite do banco, eles participaram do treinamento "Global Markets Simulation" (do inglês, Simulação de Mercados Globais), uma verdadeira imersão no mercado de derivativos e suas mais variadas aplicações. Entre eles estava Ronald Heinrichs, controlador da Interlink no Brasil. "O meu custo é todo em reais, mas a venda é feita em euros. Eu só garanto a rentabilidade da empresa em reais ‘travando’ o euro", conta Heinrichs. Esta "trava" é justamente o mecanismo de mercado futuro para se evitar dissabores com a variação do dólar.

A fábrica da Interlink em São Mateus do Sul (SC), na divisa com o Paraná, produz 10% de tudo o que a empresa vende na Europa. O volume de exportação, revela Heinrichs, tem crescido cerca de 10% ao ano, mas a rentabilidade só acompanha este crescimento graças à proteção que a empresa faz usando o mercado de derivativos. "Embora as exportações estejam crescendo, o faturamento em reais está estável. A rentabilidade só cresce por causa do hedge."

Ele conta que há alguns anos, quando a desvalorização cambial surpreendeu e chegou a quebrar muitas empresas diretamente dependentes do câmbio, a empresa adotou precauções, mas ainda assim sofreu com a variação. "Não fomos precavidos o suficiente. Você faz muitos cálculos, mas a sua expectativa é sempre uma variável", afirma. Assim como ele, Carlos Barth, da La Violetera, revela que a empresa já esteve desprotegida. "Em janeiro de 1999, quando o dólar passou de R$ 1,20 para R$ 1,70, nós não operávamos em hedge", afirma. Daquele mês até março, o dólar saiu de R$ 1,20 e chegou a atingir R$ 2,16 três meses depois – uma variação de 80%.

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