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Veja a seguir alguns exemplos de desperdício do dinheiro público nas três esferas (federal, estadual e municipal). Em graus diferentes, eles envolvem os três tipos de desvios identificados pelo IBPT, que resultam na perda de 32% da arrecadação de impostos: desvio de finalidade, superfaturamento e subtração dos recursos.

Esfera federal

O caso mais recente é o da Máfia das Ambulâncias, também conhecida como Máfia das Sanguessugas. Estima-se que a quadrilha, formada por empresários que entregavam a municípios ambulâncias superfaturadas – e sem os equipamentos necessários – movimentou pelo menos R$ 110 milhões entre 2001 e 2006. Cerca de R$ 4,3 milhões pagaram propinas a deputados federais e senadores, que incluíam no orçamento da União as emendas para a compra dos veículos. 72 parlamentares foram denunciados pela CPI que investiga o caso.

Esfera estadual

Em Rondônia, um esquema envolvendo funcionários dos três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – teria desviado dos cofres públicos pelo menos R$ 70 milhões desde 2004, por meio de superfaturamento de obras públicas, pagamento por serviços não realizados e uma folha salarial de aproximadamente 700 funcionários fantasmas. Desencadeada no início de agosto, a "Operação Dominó" apontou o envolvimento de 22 dos 24 deputados estaduais, além de representantes da Justiça – que arquivavam denúncias em troca de reajustes em seus vencimentos, aprovados pelos deputados.

Esfera municipal

A construção da Avenida Águas Espraiadas (hoje Avenida Roberto Marinho), em São Paulo, deveria ter custado entre R$ 250 milhões e R$ 300 milhões, mas saiu por quase R$ 800 milhões. A obra da prefeitura municipal na gestão de Paulo Maluf (1993-96) é apontada como típico exemplo de superfaturamento. O Ministério Público cobra do ex-prefeito nada menos que R$ 5,091 bilhões somente por conta da construção da avenida. Neste e nos demais 150 processos em que Maluf é réu ainda não houve condenação definitiva.

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