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Distribuição de energia absorverá a maior parte dos investimentos da Copel em 2012 | Arquivo/AENoticias
Distribuição de energia absorverá a maior parte dos investimentos da Copel em 2012| Foto: Arquivo/AENoticias

Empresa deve investir R$ 2,257 bilhões em 2012

Durante 2011, os investimentos feitos pela Copel também tiveram uma alta representativa e foram direcionados a diversas áreas da empresa. Segundo Cristiane Fensterseifer, analista de investimentos da corretora Geração Futuro, o fato de a companhia ampliar sua atuação dá uma visão otimista para seus próximos períodos. "É um ponto muito importante e que aproxima a empresa de outras organizações que são tidas como exemplo no setor", afirma.

Os investimentos da Copel devem continuar crescendo em 2012, segundo o presidente da companhia. No relatório anual divulgado ontem, foi apontado que a cifra deverá passar dos R$ 1,429 bilhões, aportados em 2011, para R$ 2,257 bilhões em 2012.

A Copel Distribuição deverá receber a maior parte do montante (R$ 1,105 bilhão), seguida pela área de Geração e Transmissão (R$ 980,8 milhões). Também constam na previsão da companhia investimentos em telecomunicações (R$ 82,5 milhões) e na Copel Energético Cruzeiro do Sul, que inclui a usina de Mauá (R$ 89,1 milhões).

0,85% de redução nas tarifas da Copel

em média, é a sugestão da diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que aprovou ontem a proposta inicial para a terceira Revisão Tarifária Periódica da estatal. A proposta ficará em audiência pública de amanhã até 30 de abril. A distribuidora deveria ter passado por revisão tarifária em 2011 e as novas tarifas resultantes desse processo deveriam ter sido aplicadas a partir de 24 de junho de 2011, mas as discussões sobre a metodologia se estenderam e as regras só foram aprovadas em novembro passado. Ainda assim, o efeito da revisão deverá ser retroativo e eventuais valores arrecadados a mais dos consumidores serão devolvidos.

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) fechou 2011 com lucro líquido de R$ 1,18 bilhão – crescimento de 16,5% em comparação ao de 2010, quando a companhia obteve R$ 1,01 bilhão. Ainda assim, o resultado não agradou ao mercado, já que houve um salto no volume de despesas pago pela companhia no período.

O peso dos custos acabou ficando mais evidente no último trimestre do ano e derrubou parte dos resultados da Copel. Nesses meses, a companhia teve uma receita de R$ 2,09 bilhões e um lucro líquido de apenas R$ 188 milhões. Em seu relatório de análise, a Votorantim Corretora resume a situação: "receitas acima das expectativas, porém estrutura de custos fora de controle".

Na comparação entre 2011 e 2010, as despesas da Copel subiram 8,5%. Apenas na comparação entre os dois últimos trimestres do ano passado, o aumento foi de 17,5%. "Houve um crescimento marcante entre esses períodos e em um índice que é utilizado para observar a eficiência da empresa. Com isso, a empresa teve um ano bom, mas um trimestre que deixou a desejar", afirma Cristiane Fensterseifer, analista de investimentos da corretora Geração Futuro.

De acordo com o balanço da companhia, divulgado ontem, os gastos com compra de energia para revenda, os custos com pessoal e ainda provisões negativas ficaram entre as principais despesas da empresa durante o período.

Reversão

Segundo Lindolfo Zimmer, presidente da Copel, a empresa está cautelosa em relação a esses indicadores. Os altos custos com pessoal foram motivados por um aumento no número de funcionários da empresa, pela adaptação de salários "extremamente defasados" e por um programa de demissão voluntária iniciado em 2011, justificou. "Foram custos relevantes no ano passado, mas que em pouco tempo poderão ser revertidos. Esperamos um payback na ordem de três meses", disse. Quanto às provisões, Zimmer aponta a antecipação de uma disputada judicial ainda não concluída. O relatório da Copel assinala que boa parte dos R$ 208,2 milhões a serem descontados é referente a um litígio da companhia com a Ivaí Engenharia.

Para Felipe Rocha, analista da corretora Omar Camargo, o fraco resultado do trimestre aparenta ser pontual e não deve trazer riscos maiores para os próximos períodos. No entanto, ele afirma que o mercado ainda espera posturas mais "robustas" da Copel. No fechamento de ontem da Bovespa, as ações preferenciais da estatal (CPLE6) caíram 3,48%, numa das maiores quedas do dia. Seus papéis fecharam o pregão valendo R$ 43,19.

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