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São Paulo – O consórcio formado pelo banco espanhol Santander, o belgo-holandês Fortis e o Royal Bank of Scotland (RBS) anunciaram ontem que adquiriram 86% das ações ordinárias (com direito a voto) do holandês ABN Amro por 71 bilhões de euros (cerca de R$ 180 bilhões). É a maior operação de compra ou fusão já realizada no setor bancário mundial.

O consórcio informou, por meio de comunicado, que "a condição mínima de aceitação da oferta (de compra de ações) foi cumprida’’. Com esse porcentual de ações ordinárias, o trio obtém o controle do ABN. Mas os compradores disseram que esperam anunciar "se vão ou não declarar a oferta incondicional até 12 de outubro’’.

No Brasil, o conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) julgará amanhã os efeitos da operação de compra do Banco Real pelo espanhol Santander nos segmentos de cartões de crédito, seguros, corretagem de títulos e gestão de recursos de terceiros. O negócio faz parte da compra do holandês ABN Amro, controlador do Real, pelo consórcio liderado pelo RBS.

Com a provável compra do ABN pelo consórcio, o Santander deve se tornar o maior banco privado do Brasil, conforme o ranking do Banco Central, que considera os ativos do controlador deduzidos da intermediação financeira. Já no ranking das operações consolidadas dos grupos financeiros brasileiros, o Santander se consolidaria na segunda posição, atrás do Bradesco, com uma larga vantagem sobre o Itaú, que cairia para o terceiro lugar.

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