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O dólar fechou em R$ 2,2824 para venda ontem, com leve alta de 0,08% em relação à cotação da véspera. Em uma sessão marcada por uma grande variação de preços – chamada no jargão econômico de volatilidade –, que levou a moeda americana ao patamar de R$ 2,30, o Banco Central atuou três vezes para conter a valorização da divisa.

O gatilho para a alta foi o anúncio de um crescimento acima do esperado na economia americana. O Departamento de Comércio informou que PIB dos Estados Unidos cresceu 1,7% a uma taxa anualizada no segundo trimestre, na comparação com os primeiros três meses do ano. Analistas previam alta de 1,1%. Com isso, acentuou-se uma tendência de transferência de recursos de investimentos em países emergentes para o mercado de títulos dos EUA. Em consequência, moedas locais (como o real) passaram a se desvalorizar.

Em julho, a divisa americana acumulou alta pelo terceiro mês consecutivo e os analistas continuam afirmando que seu viés é de alta, mas sem tanta força como a vista até agora. "Não vejo uma alta tão forte do dólar no futuro próximo. Com certeza o viés é mais de alta do que de baixa, mas não é uma alta tão expressiva", afirmou o economista-chefe da INVX Global, Eduardo Velho.

Pela manhã, o BC brasileiro realizou três leilões de swap cambial tradicional – equivalente a venda de dólares no mercado futuro –, numa atuação que não fazia há mais de uma década. A última vez que a autoridade monetária fez três leilões de swap tradicional num mesmo dia foi em agosto de 2002 e, segundo operadores, a ação agora serviu para tentar segurar a cotação.

Ouro também

Com investidores em busca de aplicações mais seguras, ouro e dólar foram as op­ções que mais se valorizaram em julho. O ouro subiu 9,73% no mês, enquanto a moeda americana à vista, referência no mercado, teve alta de 3,25%, beneficiando os fundos cambiais. Esses fundos – principal caminho para o pequeno investidor que quer aplicar em taxa de câmbio – tiveram ga­nho médio em julho de 1,24% (ou 1,02% considerando Imposto de Renda de 17,5% no resgate em 12 meses), de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

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