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Vendas de Natal

Trocas movimentam o comércio

Consumidores têm dificuldade para encontrar certos modelos e algumas numerações

Fábio Possamai, com o filho Enzo, não encontrou numeração da roupa | Fabio Walter Alves/Gazeta do Povo
Fábio Possamai, com o filho Enzo, não encontrou numeração da roupa (Foto: Fabio Walter Alves/Gazeta do Povo)
Anderson Oliveira e o gerente da Chilli Beans Robson Matias: óculos novos |

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Anderson Oliveira e o gerente da Chilli Beans Robson Matias: óculos novos

O casal Rodrigo Freitas e Danielle Eleutério: troca antes de sair de férias |

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O casal Rodrigo Freitas e Danielle Eleutério: troca antes de sair de férias

O Natal acabou, mas as lojas de shoppings e do centro da cidade continuam cheias. Milhares de consumidores aproveitaram o primeiro dia útil após a data natalina para realizar a tradicional troca de presentes. De acordo com lojistas, o movimento deve se manter até a primeira semana de janeiro. "As trocas representam 40% do movimento nestes dias. E devem continuar até dia 10 de janeiro, pois muitas pessoas viajaram e só vão trocar na volta", diz o gerente da loja de óculos escuros Chilli Beans do Shopping Mueller, Robson Matias.

Apesar da troca ser obrigatória apenas para produtos com defeito, segundo o Código de Defesa do Consumidor (CDC), a maioria dos empresários abre a possibilidade para poder fidelizar o cliente. "As vendas são mínimas, apenas o complemento do valor da troca. Mesmo assim, nós optamos pelo serviço para prestar um bom atendimento e fidelizar a clientela. Nossas vendedoras são treinadas, inclusive, para isso", explica a sub-gerente da loja Hering, Tatiana Fabis.

Mesmo com o movimento intenso, o casal Rodrigo Freitas e Danielle Eleutério aproveitou para trocar os presentes de Natal que não atenderam o gosto pessoal – uma camiseta e uma bermuda. "Viemos trocar antes de sair em férias. Caso contrário, acaba não trocando", diz Freitas. Apesar de sair com as novas mercadorias em mãos, o casal reclamou da falta de numeração. "Foi sofrido encontrar algo. A camiseta só tinha um modelo do número que eu precisava", complementa.

O microempresário Fábio Possamai passou pela mesma dificuldade. Na companhia da esposa Kelly, que foi trocar um short, ele tentou encontrar uma bermuda de verão. "Gostei do modelo xadrez, mas não tem o número. Mesmo assim, vou continuar procurando. Como será presente da minha esposa, tenho que aproveitar antes que ela mude de ideia", brinca.

Segundo a subgerente da Hering, é comum a defasagem do estoque pós vendas de Natal. "As vendas foram ótimas. Quando acaba o Natal, demora para renovar o estoque. Por conta disso, não é toda numeração ou modelo que tem na loja", explica Tatiana.

O design gráfico Anderson Oliveira teve sorte. Ele facilmente encontrou o óculos escuro para substituir o modelo que ganhou da tia. "Não gostei do modelo original. Aproveitei que estou de férias e vim trocar", diz.

Melhor Natal

Os primeiros números divulgados confirmam a expectativa dos lojistas em relação ao crescimento nos negócios. De acordo com a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), as vendas nos shoppings do país subiram 13% neste ano em relação a 2009, considerado o melhor Natal dos últimos dez anos. No acumulado de janeiro a dezembro, as vendas expandiram 12%.

O indicador Serasa Experian revela que as vendas realizadas na semana do Natal cresceram 15,5% na comparação com o mesmo período de 2009. De acordo com o levantamento, foi o maior crescimento no volume de vendas para esta data desde 2004.

Ainda segundo a Alshop, pesquisa em parceria com o Ibope, o varejo brasileiro deve fechar o ano com faturamento total de R$ 638 bilhões, o que representa crescimento nominal de vendas de 13,5% sobre o ano passado – não fazem parte do cálculo combustíveis, setor automotivo e segmento de material de construção. Somente as vendas em shopping centers devem atingir R$ 93 bilhões neste ano.

O segmento que mais cresceu neste ano foi o de perfumaria e cosméticos, com aumento de vendas de 14% sobre 2009.

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