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Papel e Celulose

Trombini inaugura nova fábrica no RS e faz investimento de R$ 50 mi no PR

A paranaense Trombini deu início, ontem, a um processo de modernização tecnológica, com a inauguração de nova área de produção na fábrica de papelão ondulado para embalagens de Farroupilha (RS). O próximo passo será uma ampliação semelhante na unidade de papelão de Curitiba, prevista para até 2008. O custo total das duas reformas ultrapassa os R$ 100 milhões. Também já estão em reforma as fábricas de papel reciclado, matéria-prima para o papelão, de Canela (RS) e Curitiba.

"Neste momento não cabe modéstia. Conseguimos concretizar um plano elaborado há dois anos e interrompido por um desastre", disse o presidente Renato Trombini durante a solenidade na fábrica, referindo-se ao incêndio que destruiu parte daquela unidade em julho de 2005. A produção não foi interrompida, motivo pelo qual o executivo agradece até mesmo à concorrência, de quem comprou o papelão que lhe faltava para atender os clientes.

Com a aquisição de uma máquina inédita no país, que produz 400 metros de papelão por minuto, a fábrica de Farroupilha terá a capacidade de produção ampliada de 60 mil para 110 mil toneladas/ano, podendo aumentar em 50% a produção total. O grupo fabricou 180 mil toneladas de papelão em 2005, incluindo a fábrica de Curitiba, o que o coloca entre os quatro maiores fabricantes do país, atrás de Klabin, Rigesa e Adami. A modernização também incluiu a compra de uma nova impressora para quatro cores.

Com isso a expectativa é aumentar ainda mais o faturamento, que cresceu 8% em 2006, devendo fechar o ano em R$ 540 milhões. O resultado é atribuído ao fortalecimento das vendas tanto de embalagens quanto de sacos de papel (usados para embalar produtos como cimento e ração), segmento em que a Trombini é vice-líder nacional, atrás da Klabin.

Para 2007, o grupo paranaense espera uma ampliação do setor de papelão ondulado nacional. Chamado de "embalagem de embalagens", ele é considerado termômetro do mercado industrial como um todo, e registrou crescimento de 0,71% no 3.º trimestre ante o mesmo período de 2005, de acordo com a Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO).

Pelas encomendas recebidas até hoje, a Trombini prevê que o ano feche com alta de 2,5% no setor, valor que pode dobrar no ano que vem. "Com a modernização tecnológica podemos aproveitar este crescimento fabricando novos produtos, como caixas de papelão microondulado", diz o presidente. Mais resistentes, elas podem acondicionar calçados e brinquedos, por exemplo. Outro nicho de mercado que a Trombini já explora é o de produtos frigorificados, como carnes e embutidos, que exigem um papelão resistente à umidade.

Além da concorrência e de imprevistos como o incêndio, que lhe causou prejuízo de R$ 17 milhões, a Trombini enfrenta o desafio chinês. Com o dólar baixo, o Brasil tem comprado toneladas de novos produtos do país asiático. Para a indústria de embalagens é uma grande perda, pois os produtos já vêm acondicionados em suas próprias caixas.

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