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Guerra comercial

Trump anuncia novas tarifas sobre US$ 300 bilhões em produtos da China

Anúncio derrubou o mercado de ações em Wall Street. (Foto: Roberto Schmidt/AFP)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (01/08) a imposição de novas tarifas sobre US$ 300 bilhões de produtos fabricados na China, o que, basicamente, significa sobretaxação de tudo o que os americanos compram do país asiático.

A decisão de Trump foi anunciada horas depois de o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, terem concluído dois dias de negociações em Xangai em busca de um amplo acordo comercial.

Na véspera, a Casa Branca havia confirmado que a China se dispusera a fazer grandes compras de produtos agrícolas americanos, numa tentativa de retomar as negociações fracassadas em maio. À época, os americanos acusaram os asiáticos de desistir quando o acordo já estava quase totalmente fechado.

“A partir do dia 1º de setembro, os Estados Unidos vão adotar uma pequena tarifa adicional de 10% em todos os produtos remanescentes importados da China, no valor de US$ 300 bilhões. Isso não inclui os US$ 250 bilhões que já têm tarifa de 25%”, disse Trump pelo Twitter.

Os novos disparos da guerra comercial fizeram o índice industrial médio da Dow Jones cair cerca de 300 pontos em poucos minutos. O dia tinha começado com otimismo em Wall Street, após o anúncio de corte de juros pelo Federal Reserve (banco central americano), mas o mercado afundou após o tuíte de Trump.

“Amamos as tarifas. Elas são maravilhosas”, disse Peter Navarro, conselheiro de Trump, ao canal de TV Fox Business na manhã desta quinta-feira.

Nos últimos dias, oficiais da Casa Branca pareciam estar satisfeitos com o ritmo lento das conversas com Pequim. Trump disse, nesta semana e na anterior, que a China provavelmente não aceitaria um acordo até as eleições americanas de 2020, esperando para ver se ele, Trump, seria reeleito.

Pelo Twitter, na terça-feira, o presidente americano disse que seria ainda mais duro com a China caso os asiáticos decidissem esperar passar o período eleitoral - e levantou a possibilidade de que talvez jamais se dispusesse a assinar um acordo.

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