Ativistas mexicanos protestaram durante a posse de Donald Trump| Foto: FRANCISCO ROBLES/AFP

O presidente Donald Trump anunciou nesta sexta-feira (20) que exigirá a renegociação do Nafta, o acordo de livre-comércio integrado por Estados Unidos, Canadá e México. Ele afirmou que vai abandonar o tratado a menos que o país consiga “um acordo justo”. O anúncio foi feito através do site da Casa Branca, que foi reformulado minutos após a posse do novo presidente americano.

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O comunicado no site da Casa Branca diz que o novo governo tentará mudar os termos do acordo em vigor há 23 anos. “O presidente Trump está comprometido a renegociar o Nafta”, disse a Casa Branca. “Se nossos parceiros rejeitarem uma renegociação que dê aos trabalhadores americanos um acordo justo, então o presidente comunicará sobre a intenção dos Estados Unidos de se retirarem do Nafta.”

As normas de acordos de livre-comércio como o Nafta permitem que o presidente retire seu país apenas notificando as outras partes do tratado. Após o aviso, há um prazo de 180 dias para o início de novas negociações. Um novo acordo precisará ser aprovado pelos legisladores de todos os Estados-membros, caso os Estados Unidos confirmem a sua saída.

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Promessa de campanha

Durante a campanha, Trump condenou o Nafta, afirmando que o tratado contribuiu para as perdas de emprego e de produção e para o declínio econômico dos Estados Unidos. Na época, o presidente prometeu impor grandes tarifas sobre as importações provenientes do México.

Depois, fez uma série de ataques às montadoras de automóveis que possuiam planos de construir fábricas ou aumentar a produção no México. Toyota, Ford e GM foram algumas das fabricantes que entraram na mira de Trump. Ele prometeu taxar com altos impostos quem não fabricar dentro dos Estados Unidos. As declarações geraram descontentamento de parlamentares da Alemanha e do Japão.