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Uma série de dados divulgados ontem confirmam que a economia não-financeira dos Estados Unidos foi atingida em cheio pela atual crise dos mercados. Além de quatro das maiores empresas do país (General Motors, Ford, Chrysler e General Eletric) terem anunciado vendas substancialmente menores em setembro, o índice que mede a atividade industrial despencou de 49,9 pontos em agosto para 43,5 em setembro. Abaixo de 50 pontos, o indicador aponta cortes na produção.

Na Ford, as vendas no mês passado despencaram 35% sobre setembro da 2007. Na GM, a queda foi de 16%. Na Chrysler, 33%. O aperto no crédito para os consumidores teve papel crucial para o desempenho negativo. Em 2007, 67% dos pedidos de financiamento para a compra de veículos de consumidores sem sólido histórico de crédito ("subprimes") eram aprovados. Agora, são apenas 22%. Na terça-feira, o presidente George W. Bush sancionou um pacote de ajuda de US$ 25 bilhões às montadoras no país. Já a General Electric, considerada um dos maiores termômetros da economia americana (a GE possui de fábricas de lâmpadas e turbinas a canais de tevê e financeiras) anunciou que vai faturar 12% a menos no ano.

"Na situação atual, até mesmo os bons pagadores estão sofrendo", afirmou Joshua Feinman, economista do Deutsche Bank. Ontem, a Carmike Cinemas, terceira maior rede de salas do país, suspendeu pagamentos para liquidar dívidas bancárias. Motivo: não conseguiu refinanciar seu débito.

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