A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) informou que o turismo brasileiro cresceu 7,8% e teve um faturamento em torno de R$ 189,4 bilhões, no ano passado. De acordo com a entidade, o dado consolida a recuperação do setor, que foi um dos mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus.
Só no mês de dezembro, o aumento foi de 1,1% sobre o mesmo mês de 2022, com um incremento de R$ 18,1 bilhões, o melhor resultado para um único mês desde o início da pandemia, em 2020.
No desempenho anual, o resultado positivo foi puxado principalmente por atividades como locação de meios de transporte, que apresentou alta de 18,3% no período. Somente o segmento de viagens rodoviárias não teve um bom desempenho em 2023, com queda de -4%.
Já o resultado do mês de dezembro foi puxado pelo segmento de alojamento, que cresceu 15,7%, e pelo faturamento do transporte aéreo (4,4%). As agências de veículos também melhoraram o desempenho (10,8%), consolidando o ano positivo, assim como o segmento de alimentação, com restaurantes e bares (8%). Por outro lado, houve queda no transporte rodoviário, com perda de 19,9% em relação a dezembro de 2022.
O estudo é baseado nas informações da Pesquisa Anual de Serviços, mediante dados atualizados com as variações da Pesquisa Mensal de Serviços, ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os valores são corrigidos mensalmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e foram escolhidas as atividades que têm relação total ou parcial com o turismo.
Segundo a Fecomercio, três Estados do Norte apontaram incrementos significativos nas receitas em dezembro, quando comparadas ao mesmo mês de 2022: Acre (12,9%), Rondônia (12,1%) e Amapá (11,1%). A lista é encabeçada pelo Piauí (17,5%) e ainda tem o Sergipe (10,7%) na composição, formando uma dupla entre Norte e Nordeste. Das 27 unidades federativas brasileiras, 20 tiveram saldo positivo no mês. Resultados puxados por diferentes aspectos turísticos, como aumento na demanda hoteleira ou nas locações de veículos.
Na contramão do crescimento, estiveram São Paulo (-2,6%), Rio de Janeiro (-7,4%), Rio Grande do Sul (-1,4%) e Ceará (-1,5%). Ainda assim, permanecem somando mais da metade (54%) do faturamento nacional do Turismo.
Com a recuperação do setor, a Fecomercio teme pelo fim do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse).
“A entidade trabalha ativamente pela manutenção do Perse, visto que o programa, criado em 2021 para socorrer o segmento de eventos – que trabalha com muitas atividades turísticas, tem papel relevante para o resultado final. Há um consenso entre especialistas e observadores do setor que a medida contribuiu significativamente para manter investimentos das empresas, renegociar dívidas e gerar novos postos de trabalho depois do período pandêmico”, escreveu a Fecomercio.
*Com informações da Agência Brasil
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast