O turismo está crescendo no Brasil ao dobro da média mundial, e com taxas três vezes acima do próprio crescimento da economia interna. A afirmação é da presidente da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) Jeanine Pires.
Segundo dados do Banco Central (BC), em julho entraram no país US$ 468 milhões. O acumulado de janeiro a julho, US$ 3,367 bilhões, supera todos os ingressos dos 12 meses de 2004. Nos sete primeiros meses do ano passado, a atividade turística permitiu o ingresso no país de US$ 3,222 bilhões.
Para Jeanine Pires, o resultado da atividade turística "indica um impacto econômico importante, com reflexo na redução de desigualdades regionais e no aumento da oferta de emprego em regiões mais pobres". Ela ressaltou que o turismo está nas mãos de pequenas e médias empresas, de profissionais autônomos e de trabalhadores da economia informal.
Jeanine Pires destacou entre os fatores que explicam o desenvolvimento do setor turístico nos últimos anos ao desembarque de vôos internacionais em capitais das Regiões Norte e Nordeste, como Manaus, Salvador, Recife, Fortaleza e Natal.
O trabalho de promoção comercial na área do turismo é também relevante para o crescimento, disse Jeanine. Também contribui para o bem-estar dos estrangeiros que visitam o Brasil o fornecimento de informações precisas sobre as rotas e instruções claras sobre sua segurança durante a permanência no país.
De acordo com a presidente da Embratur, o turista estrangeiro também é muito sensível à qualidade da limpeza urbana, por isso, é preciso se preocupar sempre com a imagem, principalmente nos lugares mais visitados.
O Brasil já não é mais considerado hoje no exterior "um país tão violento, como se pensava há alguns anos". Ela exemplifica que o jornal The Economist publicou matéria na internet avaliando que houve redução nos últimos cinco anos, especialmente do número de mortes em grandes cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo.
O jornal destacou também que os índices de criminalidade, proporcionalmente à população estimada em 190 milhões de pessoas, está abaixo da média mundial. Segundo o jornal, há menos violência no Brasil do que na Venezuela, Rússia e na Colômbia, por exemplo.