O Twitter bloqueou na sexta-feira (21) o acesso de sites que mostravam mensagens que políticos e diplomatas publicaram na rede social, mas foram apagadas por eles mesmos algum tempo depois.

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Esse tipo de página da web, chamado de Politwoops, é mantida pela Open State Foundation (OSF), uma fundação holandesa que defende a transparência maior entre os eleitos e o eleitorado.

Para fiscalizar o que faziam também na internet, a OSF criou uma ferramenta que vistoriava automaticamente o conteúdo publicado no Twitter pelos políticos e avisava quando alguma mensagem era deletada. Assim, os posts apagados eram colocados nos Politwoops.

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Na sexta-feira o Twitter informou à OSF que “após deliberação interna e levando em consideração inúmeros fatores” decidiu bloquear o acesso da ferramenta usada pela organização para fazer o monitoramento do conteúdo da rede.

Privacidade

Em mensagem à Open State Foundation, o Twitter afirmou que o bloqueio da ferramenta se dá para proteger a privacidade dos usuários, já que não há distinção entre políticos e o resto dos usuários.

“Imagine como seria tenso – até mesmo terrível – se as mensagens no Twitter fossem imutáveis e irrevogáveis. Nenhum usuário merece mais essa habilidade que outro. Portanto, deletar um post é uma expressão do discurso do usuário”, afirmou.

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Essa não é a primeira vez que a rede social de mensagens curtas impede as ferramentas dos Politwoops. Em maio, a rede já havia negado o acesso ao site que fiscalizava o que políticos americanos publicavam. Agora, essa medida foi estendida também a europeus e diplomatas.

“Mesmo que as publicações sejam deletadas, é parte da história parlamentar. O que políticos dizem em público deveria estar disponível para todo mundo. Essa é a única forma de ver como as mensagens dos eleitos podem mudar sem ninguém perceber”, disse Arjan El Fassed, diretor da OSF, em um comunicado no site da entidade.

Os Politwoops foram bloqueados na Argentina, Austrália, Canadá, Chile, Croácia, Dinamarca, Portugal, Egito, Estônia, França, Grécia, Índia, Irlanda, Itália, Coreia do Sul, Macedônia, Noruega, Bélgica, Reino Unido, Alemanha, Holanda, Suécia, Espanha, Suíça, Tunísia, Turquia e no Vaticano, além do Parlamento Europeu.