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Mobilidade urbana

Uber planeja priorizar bicicletas para viagens curtas nas cidades

Bicicletas são a nova obsessão da Uber. | Jump/Divulgação
Bicicletas são a nova obsessão da Uber. (Foto: Jump/Divulgação)

A Uber planeja uma mudança em sua operação que pode ter um grande impacto nas cidades. Em entrevista ao Financial Times , Dara Khosrowshahi, CEO da empresa, afirmou que bicicletas e patinentes elétricos deverão ganhar mais destaque dentro do aplicativo que praticamente inaugurou o mercado de corridas compartilhadas.

Khosrowshahi explicou que modais individuais, como a bicicleta elétrica, são mais adequados para viagens curtas dentro das cidades.

O executivo admitiu que está ciente de que esse novo foco gerará perdas a curto prazo, mas que é necessário para as ambições a longo prazo da empresa. A ideia é que os usuários ciclistas façam mais viagens por dia, compensando a receita menor obtida com as bicicletas e patinetes. Além disso, justificou, as demais partes da cadeira seriam beneficiadas de imediato.

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“Somos capazes de moldar o comportamento de tal forma que seja vantajoso ao usuário. É vantajoso para a cidade”, disse Khosrowshahi. “Financeiramente a curto prazo, talvez não seja vantajoso para nós, mas estrategicamente a longo prazo achamos que é exatamente onde queremos liderar”.

Em fevereiro deste ano, a Uber adquiriu a Jump, uma startup de aluguel de bicicletas elétricas norte-americana. A empresa já oferece bicicletas do tipo em nove cidades dos Estados Unidos e prepara o lançamento do serviço em Berlim. A Uber também firmou acordos com a Lime, uma das startups mais badaladas do emergente setor de patinetes elétricos, para oferecer o modal através do seu app, e com a Masabi, de Londres, que oferece bilhetes para o transporte público. A Uber quer ser uma “plataforma de mobilidade urbana”.

O revés para motoristas parceiros da nova ênfase dada às bicicletas, ou seja, a diminuição no número de corridas, seria compensado pelo aumento nas viagens mais longas — e, consequentemente, mais rentáveis.

A Uber continua fechando no vermelho. Em 2017, a empresa teve perdas de US$ 4,5 bilhões.

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