A Ucrânia está mais próxima de receber socorro financeiro do Fundo Monetário Internacional (FMI) após uma missão do fundo declarar neste sábado que recomendaria o empréstimo de 14,9 bilhões de dólares ao país, em uma tentativa de ajudar a reduzir seu déficit orçamentário e aumentar a confiança dos investidores.

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O valor do empréstimo ficou um pouco abaixo do esperado, considerando que a missão vinha discutindo um auxílio de até 19 bilhões de dólares, numa negociação que se arrastou durante meses.

O FMI afirmou, em comunicado, que seu conselho revisaria o programa no final de julho, após a Ucrânia ter concluído os ajustes orçamentários e no setor financeiro, conforme acordado. Se for aprovado, o programa terá a duração de dois anos e meio.

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"As regras do programa incluem um ajuste fiscal para conter o déficit orçamentário de 2010 em 5,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e em 3,5 por cento em 2011, com o objetivo de colocar a dívida pública numa trajetória claramente em declínio," diz o comunicado.

"O ajuste fiscal deve ser obtido através de reformas tributárias e da previdência social, gastos e racionalização de despesas, em conjunto com esforços para melhorar a administração fiscal."

A declaração foi divulgada um dia depois da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, dizer que os EUA esperavam que a Ucrânia conseguisse fechar o acordo.

No ano passado, o FMI suspendeu o programa de auxílio à Ucrânia, de 16,4 bilhões de dólares, em decorrência da administração do ex-presidente Viktor Yushchenko, que estava em desacordo com seu governo e deixou de cumprir as promessas de contenção financeira.

As negociações sobre um novo acordo têm se arrastado enquanto o FMI pressiona o governo para que defina metas mais ambiciosas de aperto fiscal.

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O novo governo do presidente Viktor Yanukovich aprovou o orçamento de 2010 com uma meta de déficit de 5,3 por cento do PIB, buscando reduzir a diferença em 1 ponto percentual a cada ano.

O FMI espera que a Ucrânia estabeleça metas mais ambiciosas para a redução do déficit orçamentário --o que, provavelmente, vai exigir medidas impopulares, como aumento das tarifas dos serviços públicos e redução de pensões ou aumento da idade mínima para aposentadoria.