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Reunião em Bruxelas

UE acerta ajuda de R$ 1,7 trilhão contra a crise

Ministros da Economia de países da União Europeia reunidos em Bruxelas neste domingo prometeram fazer o que for preciso para aprovar um novo "mecanismo de estabilização" na tentativa de evitar que a crise financeira na Grécia se alastre para outros países do bloco. Os ministros acertaram uma ajuda de 750 bilhões de euros (R$ 1,7 trilhão), que seria utilizado para proteger as economias europeias mais fracas.

O acordo foi anunciado por um diplomata europeu que particpou das reuniões. O compromisso, segundo fontes da UE, inclui garantias de empréstimos por parte dos países da zona do Euro e um fundo de estabilização no valor.

Segundo o gabinete do presidente francês, Nicolas Sarkozy, a França e a Alemanha, as duas maiores economias do bloco, concordaram com as medidas propostas. Os ministros se esforçaram para ter algum acordo aprovado antes da abertura dos mercados financeiros, na segunda-feira, já que promessas vagas não foram suficientes para conter a turbulência nas últimas semanas.

- Nós vamos defender o euro - disse a ministra da Economia da Espanha, Elena Salgado, que lidera a reunião deste domingo. - Nós temos que dar mais estabilidade à nossa moeda. Nós faremos o que for necessário.

Estava previsto que a Comissão Europeia apresentasse aos ministros uma proposta de mecanismo de estabilização com objetivo de criar um fundo de emergência para países que também enfrentam problemas, como Portugal, Espanha ou Irlanda. Ainda não foram divulgados detalhes do possível acordo, mas fontes afirmam que as medidas podem envolver a extensão de uma ajuda financeira de 50 bilhões de euros, já aprovada, a alguns dos 11 países da UE que não usam a moeda comum do bloco. Há também a possibilidade de elevar o valor para 110 bilhões de euros.

FMI aprova empréstimo de 30 bilhões de euros para Grécia

Neste domingo, o Fundo Monetário Internacional aprovou empréstimo de 30 bilhões de euros (cerca de US$ 40 bilhões) para a Grécia, como parte de um pacote de 110 bilhões de euros aprovado anteriormente. Críticos afirmam que a lenta resposta da UE à crise na Grécia colaborou, na semana passada, para a queda do euro e dos mercados financeiros globais, intensificando os temores de que de que a turbulência se espalhe para países que já estão com suas economias abaladas.

- Agora vemos comportamentos como uma matilha de lobos, e se nós não pararmos isso eles vão estraçalhar países mais fracos - disse o ministro sueco de Economia, Anders Borg, ao chegar ao encontro de ministros.

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