Os ministros das finanças da zona do euro concordaram que os países da região tomarão uma "ação coordenada e determinada" para ajudar a Grécia, contando com a experiência do Fundo Monetário Internacional (FMI) em resolver crises, mas não com seu dinheiro, disse uma fonte do governo da região nesta quinta-feira.
O pacote de ajuda será condicional a um compromisso da Grécia de adotar mais medidas fiscais para resolver seus problemas, disse a fonte, que pediu anonimato já que os ministros concordaram em manter confidencial o resultado de uma teleconferência realizada na quarta-feira.
"A Comissão Europeia vai designar e coordenar um pacote, contando com a expertise do BCE (Banco Central Europeu) e do FMI", afirmou, acrescentando que os ministros concordaram de forma unânime em não pedir ajuda financeira do FMI.
"Os membros da zona do euro tomarão uma ação determinada e coordenada", acrescentou a fonte, citando o acordo dos ministros feito na teleconferência, que determinou as bases para a cúpula da UE desta quinta-feira.
O chanceler da Áustria, Werner Faymann, disse nesta manhã à rádio local ORF prever que o pacote para a Grécia seja uma combinação de envolvimento do FMI e dos países da UE.
"Não estamos falando de doação ou subsídios, estamos falando de empréstimos com juros que podemos fornecer a um país para evitar uma irritação nos mercados financeiros e crise com as quais ninguém pode mais lidar", afirmou.
"Ainda não sabemos como será organizado, mas eu espero uma cooperação entre os países (europeus) e o FMI."