Bancos do Chipre voltarão a abrir na 4ª feira
Os bancos do Chipre abrirão suas portas na quarta-feira (27), e não amanhã (terça, 26), como tinha anunciado o presidente do país, Nikos Anastasiadis, em mensagem transmitida pela televisão.
A contra-ordem veio pouco após a meia-noite local (19h de Brasília) em comunicado enviado pelo ministro das Finanças, Michalis Sarris, à agência de notícias cipriota "CNA". O ministro das Finanças justificou a necessidade de um dia a mais de fechamento para garantir "o correto funcionamento do sistema bancário por completo".
A Comissão Europeia (braço executivo da União Europeia) disse nesta segunda-feira (25) que o controle de capitais no Chipre será breve. A medida foi aprovada como parte da economia para o acordo sobre o resgate de 10 bilhões de euros (R$ 26 bilhões). O governo cipriota e os credores internacionais - UE, Banco Central Europeu (BCE) e FMI (Fundo Monetário Internacional)- concordaram em impor o confisco de todos os depósitos maiores que 100 mil euros (R$ 260 mil) nos dois maiores bancos do país, o Banco do Chipre e o Laiki Bank.
Este último, um dos mais afetados pela crise, será fechado e os depósitos serão incorporados pelo primeiro. Os valores menores que 100 mil euros estarão liberados para saque.
Em entrevista coletiva, o presidente da Comissão Europeia de Mercado Interno e Serviços, Michel Barnier, disse que o controle de capitais deverá durar "poucos dias". "Qualquer medida para restringir ou limitar a liberdade de movimentos só devem ser aplicadas de forma excepcional ou temporária e foi esse o pedido às autoridades cipriotas. Estas restrições de movimentos que podem durar só alguns dias."
As declarações do integrante devem aumentar a pressão sobre o Chipre para reabrir os bancos, fechados desde o dia 15. A última data de reabertura prevista era amanhã (terça), mas o governo cipriota fará uma reavaliação nesta segunda. Desde a semana passada, os saques dos cipriotas estão limitados a 100 euros (R$ 260) diários e há filas nos caixas eletrônicos. Os controles são contrários às leis do livre fluxo de capital da União Europeia, mas foram consideradas necessárias para manter a estabilidade financeira.
Futuro
Mais cedo, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, disse que é difícil prever o futuro econômico da ilha do Mediterrâneo. "Confio que esse programa vá funcionar, mas preciso ser honesto. Até este momento, não podemos dizer exatamente que impacto ele terá".
Para Barroso, o modelo econômico não era viável e são necessárias novas formas de crescimento para que o país consiga aplicar o plano de resgate e consiga prosperar. Ele anunciou a criação de um grupo de trabalho para lidar com a recuperação cipriota.
Já o Banco Central do Chipre diz acreditar que o pacto permitirá formar um sistema bancário forte e sustentável, que permita estabilizar a economia do país e o crescimento econômico. A expectativa da instituição é que o confisco forneça 4,2 bilhões dos 5,8 bilhões de euros exigidos pelos credores internacionais.
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