Os Estados Unidos e o Japão precisam lidar com seus problemas fiscais e a China deve aliviar suas restrições ao iuan, uma vez que estes países compartilham com a Europa a responsabilidade de recuperar a saúde econômica global, disseram os líderes da UE antes da cúpula das economias do G20 que acontece em junho.
Em carta endereçada a todos os 27 países da União Europeia, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, disseram que a Europa está fazendo tudo o que é possível.
"A Europa tem intensificado e assumiu a sua responsabilidade especial para garantir a estabilidade financeira da área do euro e continuaremos a fazê-lo", disse a carta no período que antecede a cúpula do G20 em Los Cabos, no México.
"Cabe agora a todos os membros do G20 aumentar esforços e aprofundar nossa cooperação a fim de assegurar uma recuperação global sustentada da economia."
Em particular, o documento endereça aos Estados Unidos para evitar a queda em um "precipício fiscal" - evitando os problemas que poderiam resultar em aumentos de impostos e cortes de gastos destinados a produzir efeitos no final do ano. A carta também apelou à China para operar reformas.
"Enquanto estamos firmemente focados em fazer a nossa parte, em Los Cabos, todos os parceiros do G20 também deverão reconhecer suas responsabilidades na construção de uma recuperação sustentável", apontou a carta, divulgada na noite de sexta-feira, disse.
Os Estados Unidos e o Japão também precisam implementar "a médio prazo confiáveis de planos de consolidação fiscal", escreveu.
"Nós também devemos pedir à China que continue a fortalecer as suas redes de segurança social, realizar novas reformas estruturais e avançar para um câmbio determinado pelo mercado".