A União Europeia não tem um plano B para evitar uma moratória da Grécia caso o Parlamento grego rejeite nesta semana a legislação de austeridade proposta pelo primeiro-ministro do país, George Papandreou, afirmou o comissário econômico europeu, Olli Rehn.
Alguns relatos da imprensa, citando fontes, afirmaram que a União Europeia teria um plano B para evitar a moratória se o Parlamento grego não aprovar as medidas. "A única maneira de evitar um default imediato é o Parlamento endossar o programa econômico revisado", disse Rehn em um comunicado. "Para aqueles que especulam sobre outras opções, quero ser claro: não há plano B para evitar um default", acrescentou.
A Grécia enfrentará uma falta de recursos em meados de julho caso não receba uma parcela de 12 bilhões de euros do empréstimo oferecido ao país no ano passado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e por governos da zona do euro. Os governos europeus têm afirmado que só fornecerão sua parte da ajuda se o Parlamento grego aprovar as medidas de austeridade e a legislação de implementação dessas medidas nas votações marcadas para amanhã e quinta-feira.
Rehn pediu uma reforma do sistema fiscal grego que reduziria as taxas dos impostos, mas ampliaria a base de arrecadação. "A reforma deveria simplificar o código fiscal, ampliar a base fiscal e reduzir as taxas de uma forma neutra", afirmou. "Se os objetivos de contenção de gastos forem atingidos e superados, isso vai então pavimentar o caminho para um sistema fiscal mais benéfico para o crescimento", completou.