A União Européia (UE) propôs um pacote de gastos governamentais de 200 bilhões de euros (US$ 259 bilhões ou, aproximadamente, R$ 600 bilhões) para evitar uma crise econômica desastrosa, numa decisão que deve testar os limites para os déficits orçamentários da UE. A proposta da Comissão Européia, o braço executivo da UE, pede que os governos nacionais do bloco contribuam com 170 bilhões de euros. A Comissão e o Banco de Investimento Europeu, a agência de crédito de longo prazo da UE, deverão aportar o restante.
Alguns dos estímulos fiscais incluem propostas que já foram anunciadas pelos governos da UE, disse o presidente da Comissão, José Manuel Barroso, em entrevista coletiva. A proposta precisa ser adotada pelos governos nacionais em reunião do Conselho Europeu em 11 de dezembro.
A Comissão deixou espaço para que os governos nacionais excedam o limite da UE para os déficits orçamentários, de 3% do PIB, sem dar início a procedimentos especiais, desde que os déficits sejam temporários e apenas levemente superiores ao limite. "Perto (do limite) significa alguns décimos, não muitos décimos" disse o comissário de finanças da UE, Joaquin Almunia.