São Paulo - Demonstrar elegância e sofisticação ficou mais simples. Agora você não precisa mais gastar fortunas em um terno Armani ou em um par de sapatos Christian Louboutin. Basta investir bagatela semelhante em um Sony Vaio P, que, além de não precisar lavar, cai bem com qualquer modelito ou ocasião.
Em uma versão pretinha básica e com botão rugoso fazendo as vezes de trackpad, o ultraportátil da fabricante japonesa chega esta semana ao Brasil. Lá fora, além do acabamento em piano black no qual se sobressai a palavra Vaio em letras prateadas em alto-relevo, há modelos em vermelho, verde e branco. Mas, se a sua intenção ao desfilar por aí for deixar uma marca de eficiência e agilidade, esqueça essa nova extravagância.
É um netbook?
Mesmo que a Sony se recuse a chamar o Vaio P de netbook, ele vem equipado com o mesmo e mais popular processador da categoria: um Intel Atom. Alcança apenas 2,2 no Índice de Experiência do Windows, medida usada pelo próprio Windows Vista para determinar a performance das máquinas nas quais está instalado. Para a função Aero, que dá transparência aos menus da Microsoft funcionar, é preciso ao menos nota 3. Com a nota baixa, a máquina com 2 GB de RAM e Vista Home Premium sofre para iniciar e carregar menus.
Mas dá para abrir aplicativos essenciais a um netbook (ou smartphone) browser e Skype sem iniciar o sistema operacional. Basta clicar na XrossMediaBar, na lateral, para abrir o menu simplificado que também garante o acesso aos vídeos e músicas salvos no HD. E não esqueça o fone, já que as caixas embutidas são fracas.
O Vaio P é extremamente leve: pesa 620 gramas, pouco mais da metade dos seus "não-concorrentes" netbooks. O que o diferencia das opções oferecidas pela Asus, Dell, MSI e Positivo, entre outros fabricantes, é justamente o preço. Enquanto um netbook custa em torno de R$ 1,4 mil, o Vaio P pode ser seu a partir de R$ 3.999. Caro, não?
...ou um smartphone?
Apesar de caber no bolso da calça (com incômodo), o Vaio P não chega a substituir supercelulares com recursos de PC. Além de não ser um celular, nem dar acesso às redes 3G, seu tamanho não permite mobilidade total.
A inacreditável resolução de 1.600 x 768 pixels é muito alta para a tela de 8 polegadas, o que torna a leitura desconfortável. É preciso se inclinar sobre a tela para enxergar, o que provoca até dor nas costas, e não adianta trocar as configurações de vídeo porque a imagem fica totalmente distorcida.
Conclusão: o Vaio P impressiona à primeira vista, mas deixa a desejar.