Curitiba – A partir desta semana oito andares do Centro Comercial Essenfelder, no bairro Juvevê, passam a ser ocupados pela administração da empresa Sadia, uma das maiores exportadoras do país. Os escritórios do prédio, onde funciona o Tribunal de Alçada – que ainda mantém gabinetes e cartórios no local –, já estão prontos para receber os 600 funcionários que começam a chegar na semana que vem. O início das atividades está previsto para janeiro.

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A idéia de transferir para Curitiba os setores de logística, suprimentos e parte dos departamentos jurídico, tributário e internacional já vem de algum tempo e se justifica pela localização estratégica da cidade: as exportações da empresa, nascida no oeste catarinense, saem do país pelos portos do Sul (60% pelo Paraná e 40% por Santa Catarina).

Além disso, a capital paranaense apresenta uma série de características que têm atraído empresas de grande porte e multinacionais, como aconteceu com Siemens, Kraft, Esso e GVT.

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A vinda da Sadia já movimenta o mercado imobiliário. Desde o início de novembro a Imóveis Exclusivos recebe 50 famílias por semana para apresentar opções de imóveis para locação. "No começo eles se assustaram com o valor das locações nos bairros próximos à empresa, e muitos optaram por bairros mais afastados", diz a corretora Samya Dehaini. "Agora, estamos procurando imóveis de maior valor para os gerentes e diretores."

Expectativa

O comércio do bairro também se prepara para receber os funcionários que passarão a circular pela região – além dos 600 transferidos de outras sedes da empresa, 100 contratações estão previstas. No bar, restaurante e espaço cultural Etc & Tal o plano é investir no "happy hour".

"A empresa vai construir um restaurante, e eu vou atrair os funcionários para depois do expediente", diz o proprietário Francisco Miranda, há três anos no bairro.

Já a loja de presentes Melissa vai investir em parcerias. "Já temos convênios com outras empresas da região e os funcionários têm condições especiais de pagamento e a possibilidade de desconto em folha", conta a gerente Ivonete Abdalla.

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A loja de Ivonete é um exemplo de como o bairro tem se modificado com o aumento do número de edifícios comerciais. "Há dez anos nossa clientela era de moradores da região, agora a maioria é de gente que trabalha aqui."