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Um março com 112 mil novos postos de trabalho

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O Brasil criou 112 mil novos postos de trabalho em mar­ço e manteve a retomada na criação de empregos registrada em fevereiro. O resultado é o melhor dos últimos três anos para o mês de março. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desem­pre­gados (Caged).

Segundo o cadastro, o emprego cresceu 0,77% no acumulado do ano, um acréscimo de 306.068 novos postos de trabalho. De acordo com o ministro do Trabalho e Em­prego, Manoel Dias, os dados apontam uma reação. "Ti­ve­mos expansão de 2,83% no número de empregos celetistas do país nos últimos 12 meses, o que equivale a geração de mais de 1 milhão de vagas nos vários setores da economia", explica.

O resultado de março foi puxado principalmente pela retomada na criação de vagas na indústria, com 25 mil novos postos de trabalho. Em março do ano passado, por exemplo, o setor teve fechamento líquido de 49 vagas. "A prova da recuperação é que [a indústria] está voltando a ter sua participação importante no desenvolvimento na­cional. É um crescimento expressivo se considerar o que aconteceu no passado", afirma.

Para a economista-chefe da Rosenberg & Associados, Thaís Zara, o bom desempenho das vagas industriais poderá apontar recuperação da atividade nos próximos meses. Em termos dessazonalizados, de acordo com Thaís, a indústria de transformação gerou 51,3 mil postos de trabalho em dezembro de 2011 e, de lá para cá, nenhum resultado superou o de março. "Em 12 meses, vemos que interrompeu a trajetória de queda. É um dado positivo também por isso", aponta.

Mesmo com a recuperação, a indústria ainda gerou menos da metade dos empregos criados no setor de serviços, o que mais emprega no país, com 61,3 mil novas vagas em março. A construção civil e o comércio foram outros setores que contribuíram com o resultado, com um acréscimo de 19,7 mil e 3,1 mil postos, respectivamente.

Previsão

Apesar do início do ano desacelerado, os resultados positivos de fevereiro e março levaram o ministro do Trabalho, Manoel Dias, a fazer previsões para os próximos meses. Além de manter a meta de 1,7 milhão de novas vagas até o final do ano, o ministro acredita que vai haver uma geração líquida de 5 milhões de empregos formais até o final de 2014. "O mercado de trabalho está aquecido em função do movimento econômico do país", justifica.

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