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Primeira parte do jogo baseado em The Walking Dead é quase toda baseada em diálogos e exploração de cenários | Fotos: Divulgação
Primeira parte do jogo baseado em The Walking Dead é quase toda baseada em diálogos e exploração de cenários| Foto: Fotos: Divulgação

Notas

Prejuízo I

Pela primeira vez em mais de 30 anos atuando no mercado dos videogames, a Nintendo divulgou que teve prejuízo. Foi perdido R$ 1 bilhão no último ano fiscal, com encerramento em 31 de março. O número negativo é resultado, segundo comunicado oficial, de perdas de R$ 15 bilhões no faturamento. No mesmo período, as ações da empresa japonesa caíram 36%.

Prejuízo II

As vendas fracas do console Wii, que dominou o mercado desde o lançamento, em 2006, e o desempenho abaixo do esperado do portátil 3DS, lançado em 2011, foram os responsáveis pelo pior ano da Nintendo. No entanto, a empresa anunciou que está confiante na recuperação do mercado já neste ano, quando deve lançar o Wii U, o primeiro videogame da próxima geração. O 3DS já mostra ter caído do gosto dos consumidores, apresentando crescimento de vendas mensalmente. A Nintendo também promete investir mais na sua rede on-line.

Prototype 2

A Neoplay lançou na semana passada no mercado brasileiro a segunda versão do arrasa-quarteirão Prototype. O jogador encarna agora o sargento anti-herói James Heller, contaminado por um vírus que lhe dá superpoderes. Objetivo é capturar Alex Mercer, idealizador de uma praga que infesta Nova York. O jogo está disponível para as plataformas PS3 e Xbox 360 com preço sugerido de R$ 200.

Ficha técnica

Episode 1 – A New Day

Plataforma: PC, X360 e PS3

Categoria: Aventura

Preço: R$ 50

Pró: Jogador precisa dar respostas mais instintivas

Contra: Consequências ficaram para os próximos capítulos

A série televisiva The Walking Dead, por algum motivo desconhecido, obteve um sucesso estrondoso. Mesmo com roteiro tolo, presente em nove entre dez histórias baseadas em zumbis, conseguiu reunir uma legião de fãs e se tornar uma das produções mais populares atualmente. Nem atores ruins com suas atuações poucos inspiradas parecem incomodar a horda de fieis telespectadores. É um subproduto inspirado numa série de quadrinhos do mesmo nível. Tanta popularidade gerou mais um filhote, um jogo de aventura dividido em cinco episódios e recém-chegado para os computadores e consoles de última geração. A novidade é que Episode 1 – A New Day, único capítulo disponível – os outros chegarão mensalmente –, funciona. E funciona bem.

O personagem principal é Lee Everet, um preso com um passado não contado que está sendo transferido. Durante a viagem, troca algumas poucas palavras com o policial que dirige o carro. O motorista se distrai, não enxerga um obstáculo, que aparenta ser uma pessoa, e ocasiona um acidente, capotando o carro por uma ladeira. Lee acorda ainda dentro do veículo, está ferido e preso pelas algemas. O policial está morto fora do carro. Não há muito o que fazer. Lee quebra a janela, se arrasta até o policial, pega as chaves e consegue se soltar. E tem seu primeiro contato com um zumbi. O primeiro de milhares que aparecerão em sua jornada.

Velhas fórmulas estão presentes. O protagonista precisa de um personagem secundário que o ajudará a mostrar traços de sua personalidade para o jogador. O objetivo é criar certa identificação. Este é o trabalho de Clementine, uma órfã que tenta se manter viva num mundo infestado por mortos vivos. Uma parceria perfeita para o agora ex-detento ter a oportunidade de redenção. O cenário é Atlanta, onde se passam as histórias dos quadrinhos e da série de TV. Os acontecimentos do jogo, no entanto, são anteriores e ajudam a contar o passado de alguns personagens que apareceram em outros meios.

A New Day, com suas duas horas de duração, funciona justamente por não ser uma aventura passiva, como no caso dos quadrinhos e da televisão. Utilizando uma jogabilidade de "adventures" clássicos, o jogo se desenrola como uma espécie de história interativa, obrigando o jogador a tomar uma ação que pode comprometer seu futuro. Não é necessário desenvolvimento técnico condicionado, como um jogo de tiro, mas sim fazer as escolhas certas. Quase toda baseada em diálogos e em exploração de cenário (aponte e clique), a ação corresponderá às escolhas do jogador, transformando o desenrolar da trama e modificando os personagens. Segundo a produtora Telltale Games, hoje referência no gênero, as decisões tomadas neste primeiro episódio irão afetar as ações nos próximos capítulos.

Com roteiro escrito pelo criador da série Robert Kirkman, uma das boas sacadas foi encurtar o tempo para se dar as respostas. O jogador se vê instado cada vez mais a responder mais institivamente. Não há tempo para avaliar qual seria a resposta certa para determinadas situações, mas sim qual resposta o jogador daria em tais situações. O ponto fraco de A New Day se dá por razões óbvias. Como se trata do primeiro de cinco episódios, esta primeira aventura serve mais para contextualização e apresentação de personagens. É o gancho necessário para segurar o jogador para as cenas do próximo capítulo.

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