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Um olho na conta e outro no sinal da TV por assinatura

Suellen Ferreira paga por canais que não consegue ver | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
Suellen Ferreira paga por canais que não consegue ver (Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo)

O mercado de TV por assinatura cresce no país, mas as reclamações nos órgãos de defesa do consumidor mostram que a qualidade do serviço não segue o mesmo ritmo. Problemas frequentes como queda de sinal e cobrança indevida são cotidianos na vida dos consumidores, que precisam ficar de olho no aparelho e na conta para fazer valer seus direitos.

O Brasil fechou o ano de 2012 com 16,2 milhões de assinaturas de TV paga, 27% a mais do que no ano anterior. O Paraná, quinto maior mercado no país, concentra 779 mil assinaturas e registra alta de 40% entre 2011 e 2012. Já o boletim do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), que registra as reclamações de 441 Procons de todo o país, mostra que o número de atendimentos cresceu 116% no mesmo período.

No ano passado, o Procon-PR registrou 2.524 atendimentos, dos quais 546 viraram processos administrativos. As queixas mais frequentes envolvem cobrança abusiva e indevida, vício de qualidade e problemas com o contrato e sua rescisão.

A projetista Suellen Cristiane Ferreira não se conforma com a má prestação de serviço. Ela contratou um pacote para instalação em dois dias, mas só depois de uma semana e muita reclamação foi atendida. "É muito transtorno. Os atendentes parecem estar engessados e não conseguem responder com precisão."

A coordenadora estadual do Procon-PR, Claudia Silvano, recomenda que o consumidor confira a fatura para ver se não há cobranças indevidas. "Desconfie quando a esmola é grande. Promoções com preço baixo na geralmente se restringem aos primeiros meses." Para Maria Inês Dolci, coordenadora da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), também vale a velha regra: pesquisar e comparar preços. "Nem sempre o menor preço tem a programação que o consumidor procura."

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