Pressionado pela baixa quantidade pescada e pela desvalorização da coroa norueguesa, o salmão tem alcançado preços recorde no país| Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo

A desvalorização do preço do barril de petróleo está criando situações um tanto inusitadas. Na semana passada, brincadeiras sobre o assunto invadiram o Twitter, e um usuário ressaltou que com o valor necessário para comprar um barril de aço era possível comprar três barris de petróleo. Mas agora os preços da commodity estão próximos de algo um tanto menor: um salmão.

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Na Noruega, os preços do salmão — grande produto de exportação do país — seguem trajetória inversa aos do óleo. Pressionado pela baixa quantidade pescada e pela desvalorização da coroa norueguesa, o salmão tem alcançado preços recorde.

E, de acordo com o site iLaks, especializado em notícias ligadas à indústria de frutos do mar, o petróleo caiu tanto, e o salmão subiu de tal forma que uma unidade média do peixe (com cerca de 4,5 quilos) agora custa mais do que um barril de Brent — ambos cotados em coroas.

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Mercado

Nesta terça-feira (26), o preço do petróleo Brent avançava 1,44%, a US$ 30,94 o barril. O petróleo WTI (referência para o mercado americano) ganhava 1,02%, a US$ 30,65.

Em um documento divulgado nesta terça-feira, o Banco Mundial afirma que o valor do petróleo e do minério de ferro cairá pelo terceiro ano seguido. Isso fará com que se acentue a desaceleração econômica dos países emergentes, como o Brasil.

O documento aponta que o preço médio do barril do petróleo, que em 2013 foi negociado a US$ 104,10, estará em US$ 37 neste ano, queda de 27% sobre o preço médio de US$ 50,80 de 2015.

O valor do petróleo afeta diretamente a arrecadação do governo federal. A queda do seu valor também pode comprometer a viabilidade econômica do pré-sal, embora, no curto prazo, possa beneficiar a Petrobras, que está mantendo preços elevados na gasolina.

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De acordo com o relatório, o preço do petróleo incluiu a retomada, antes do estimado anteriormente, do Irã no mercado do óleo, depois que o embargo contra o país caiu por causa de seu acordo nuclear com os EUA e com a Europa em meados de janeiro.

O banco ainda estima que o inverno foi ameno neste ano no hemisfério norte, reduzindo o consumo de óleo, e que há uma perspectiva de crescimento mais fraco de grandes mercados emergentes, incluindo o Brasil, que, segundo o documento, sofre com o “aumento das incertezas políticas”.