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São Paulo (Folhapress) – Quase um terço (32%) das pessoas que tomam empréstimos consignados ao benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não sabem que taxa de juro pagam por ele. O dado é de pesquisa encomendada ao Ibope Solution (grupo Ibope) pelo banco BMG, líder na concessão de crédito consignado no país, com cerca de 40% desse mercado.

Os que sabem dizer a taxa de seus contratos de empréstimo pagam, em média, 1,83% ao mês. Os resultados quantificam o que já foi dito exaustivamente sobre essa modalidade de crédito: 46% dos que tomaram empréstimo o fizeram para quitar dívidas, mas 43% deles não souberam dizer qual era a taxa de juros dessa dívida original que precisavam pagar.

Entre os débitos quitados com o dinheiro obtido as campeãs são as dívidas com lojas (41%), sobretudo as compras de supermercado, eletrodomésticos e roupas. Em seguida, aparecem os débitos com instituições financeiras – 62% deles de cartões de crédito, 31% de outros empréstimos e 24% ligados ao cheque especial.

Dado curioso da pesquisa, na opinião da diretora de atendimento e planejamento do Ibope Solution, Laure Castelnau, é que o cartão de crédito e o cheque especial, assim como o crediário feito em lojas, não são espontaneamente percebidos pelo público-alvo dos empréstimos consignados como fontes de crédito.

A pesquisa também traça o perfil de quem mais freqüentemente contrata essa forma de crédito: mulheres com 56 anos, em média, com somente o ensino fundamental completo, casadas ou viúvas, pertencentes às classes C e D e com renda pessoal de R$ 997. As classes C e D, que concentram, respectivamente 36% e 31% da população brasileira, respondem por 39% dos empréstimos realizados cada uma.

Empresas

As empresas privadas são a promessa para um novo crescimento dos empréstimos consignados no país. No caso do banco BMG, essa é a aposta após o declínio já esperado dos empréstimos a aposentados e pensionistas do INSS. "A grande dificuldade é que, em vez de um único convênio com o INSS, as instituições têm de firmar um convênio com cada empresa privada’’, afirma Roberto José Rigotto, vice-presidente executivo do BMG.

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