Perfil
Saiba mais detalhes da profissão
O que faz
Arruma ambientes da casa como closet, armários de cozinha, banheiro, lavanderia e quarto das crianças. As técnicas vão desde dobragem de roupa até a colocação dos objetos em ordem, catalogados e identificados, para que fiquem sempre acessíveis;
Dá treinamento para empregados domésticos, ensinando técnicas de organização, além de indicações de produtos e utensílios corretos para a limpeza de cada ambiente e como manter a casa em ordem.
Organiza lojas, estoques e escritórios. Os pedidos geralmente vêm antes da inauguração dos espaços ou depois de uma reforma. A estratégia da profissional é criar lugares específicos para cada item, fáceis de manter.
Quanto ganha
O pagamento pode ser por hora ou diária. A cobrança vai depender da complexidade do serviço e de quantas visitas serão necessárias. É comum, cerca de vinte dias depois de executar a tarefa, o profissional voltar ao mesmo local para saber se o novo sistema funcionou. A hora custa cerca de R$ 100 e a diária, R$ 300.
A correria do dia a dia e o aumento de custos para a contratação de empregados domésticos vêm aumentando a demanda por um tipo bem específico de profissional: o personal organizer (ou organizador pessoal). E quem mais está aproveitando a oportunidade são as mulheres donas de casa, que percebem que podem usar o talento para cuidar da família também como negócio. O trabalho vai desde organizar ambientes residenciais a arrumar lojas e escritórios e ensinar quem usa o local a manter tudo em ordem.
Mais popular no Brasil de uns cinco anos para cá, a profissão também tem oferecido oportunidades de aperfeiçoamento. A empresa OZ, por exemplo, lotou uma turma para um curso de personal organizer em Curitiba neste mês. Os 25 participantes vieram de várias cidades do Sul e Sudeste do país.
A organizadora do curso da OZ, Irene Loureiro, explica que além do talento os profissionais precisam também aprender a padronizar o atendimento, para garantir a qualidade do serviço. É essa a grande ajuda que os treinamentos dão. "Só no ano passado eu dei curso todos os meses, treinamos mais de 1,2 mil pessoas. Em maio o número de alunos subiu muito, mais que dobrou, era uma média de 10 pessoas por turma e passou para 25", conta a palestrante.
Segundo Irene, as mulheres que buscam a profissão normalmente têm filhos e veem na função não só uma oportunidade para ganhar o próprio dinheiro mas um trabalho que permite horários flexíveis. Esse é o perfil de Carolina Gattáes, uma das alunas do curso, que veio de Blumenau, Santa Catarina. Ela é casada, tem dois filhos pequenos e está pesquisando sobre a nova profissão há mais de um ano. "Pretendo começar a trabalhar para as amigas e conhecidas, fazer uma rede de contatos e aproveitar essa onda de sucesso da profissão. Se tudo der certo, quero abrir minha empresa em, no máximo, seis meses", afirma Carolina.
Ana Cláudia Batista, outra participante, veio de Belo Horizonte, Minas Gerais, porque quer deixar a atual profissão de vendedora. "Eu também tenho filhos e pretendo me organizar para atender as clientes de manhã e continuar sendo mãe durante a tarde", explica.
Atividade
Oportunidades vão além da arrumação de ambientes
Além dos pedidos regulares de organização de ambientes, as profissionais apontam como nicho de mercado a oferta de treinamento para as empregadas domésticas. Com os novos direitos trabalhistas conquistados pela categoria neste ano crescem também as cobranças das patroas, e o treinamento pode melhorar a qualidade do serviço.
Eventos
Outra oportunidade no ramo de eventos. É o que conta a organizadora Ana Hamilton. Ela trabalha com uma sócia em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, e conta que em apenas dois meses conseguiram conquistar bastante espaço no mercado. Oferecem treinamento para domésticas a domicílio, organização de lojas, festas, decoração, arrumação de estoques, organização da casa também para gestante, almoço, chá de bebê. A estratégia, segundo Ana, tem sido bater muita perna e divulgar a empresa com anúncios no jornal, no colégio dos filhos, em lojas, sempre buscando parcerias.
Para não ser pega de surpresa pelas burocracias contábeis e formais de se ter uma empresa, Ana fez um curso no Sebrae. Sua expectativa é fechar o mês com a empresa rendendo, em média, R$ 5 mil.
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