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Capital Humano

Uma andorinha só não faz verão

Mariele é empresária do ramo de alimentos e construiu sua empresa sozinha, sem a ajuda de ninguém. Ela estudou o mercado que pretendia conquistar e fez alguns cursos técnicos sobre Administração de Empresas e Contabilidade. Então, com o pouco conhecimento que adquiriu, decidiu iniciar a empreitada de montar o próprio negócio: um restaurante.

Como sabia cozinhar e gostava muito de culinária, Mariele acreditou que não teria problemas em administrar um estabelecimento comercial. Mas deixou de pensar em muitos detalhes, na hora da formatação do negócio. Assim, no início, ela sofreu muitas perdas financeiras e, em muitos momentos, quase desistiu de seu sonho.

Porém, como sempre foi uma pessoa batalhadora e dinâmica, Mariele insistiu e resistiu. Após dois anos de muito sofrimento e trabalho árduo, ela começou a colher os frutos de seu investimento.

Como as refeições que servia eram de qualidade e o atendimento de sua equipe era correto, o público, aos poucos, foi sendo fidelizado. Ela conquistou uma clientela cativa que, além de retornar semanalmente ao seu estabelecimento, recomendava seu restaurante por meio do "boca-a-boca".

Então, ao final do período negativo por que passou, Mariele começou a lucrar com seu negócio. Ela conquistou reconhecimento do público e pôde, com os ganhos provenientes do restaurante, investir em sua equipe, contratar mais colaboradores e ampliar a estrutura física do local.

No entanto, todas as ações de crescimento eram realizadas por Mariele, que não confiava em ninguém. Por ter passado por muitas dificuldades no início, sobretudo financeiras, Mariele tornou-se uma pessoa centralizadora. Ela tinha receio de voltar a ter problemas e, por isso, não delegava funções e fazia questão de saber tudo o que se passava à sua volta.

Porém, esse pensamento centralizador lhe trouxe muitos problemas que, posteriormente, lhe serviram de aprendizado. Em certa ocasião, decidiu ampliar a estrutura de seu restaurante, para melhor atender ao público.

Ela adquiriu o imóvel vizinho, porém, para a reforma do local, Mariele não contratou um arquiteto. Ela mesma decidiu realizar a obra, pois não acreditava que outro profissional pudesse participar da expansão de seu negócio. A decisão de Mariele não foi acertada, obviamente, pois ela cometeu diversos erros durante a reforma, que acabou lhe custando mais caro do que se tivesse contratado um arquiteto. Além disso, ela não soube dimensionar o ambiente de forma adequada e comprou móveis pouco ergonômicos. No final do processo, ela obteve um projeto mal feito, com diversos erros, e esteticamente duvidoso.

Em outro momento, Mariele decidiu fazer uma promoção para divulgar o novo cardápio de verão do restaurante e, mais uma vez, decidiu produzir o material gráfico sem a ajuda de um profissional especializado. Assim, teve problemas em cumprir o prazo proposto pela gráfica, que iria imprimir o material e, por pouco, não perdeu a data correta para a divulgação da promoção. Além disso, o folder produzido ficou poluído, de difícil visualização, além de ter ficado pouco atraente para o público. Ao final, a promoção não foi eficaz e Mariele perdeu dinheiro com o investimento feito.

Então, após diversas ocasiões em que decidiu realizar tudo sozinha, sem a ajuda de ninguém, Mariele percebeu que estava repetindo um grande erro.

Hoje, ela delega mais funções aos outros e leva o ditado popular ao pé da letra: "Uma andorinha só não faz verão".

Muitos empresários cometem o mesmo erro feito por Mariele. Eles centralizam diversas funções, por medo ou desconfiança de outros profissionais. Alguns chegam ao extremo de aventurar-se em áreas que não dominam, pois acreditam que têm a capacidade de realizar qualquer atividade para o bem de seu negócio. Mas esse pensamento está errado e é prejudicial para um empreendimento de sucesso. O gestor precisa ter tempo para visualizar os caminhos para a expansão de seu negócio, ao invés de dedicar seus esforços para atividades paralelas e operacionais.

Saiba mais

União

As imobiliárias Razão, Thá, Localite, Habitec, Cilar e Galvão, desde novembro do ano passado, realizam um projeto beneficente, que visa obter fundos para quatro entidades sociais de Curitiba: Afece (Associação Franciscana de Educação ao Cidadão Especial), Hospital Pequeno Príncipe, Fepe (Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional) e a Associação de Socorro aos Necessitados.

A iniciativa consiste em arrecadar, através de doações, móveis e produtos usados, que posteriormente são vendidos em um bazar. O dinheiro adquirido é doado em partes iguais às entidades beneficiadas.

O projeto também auxilia a população de baixa renda, pois os preços praticados no bazar são irrisórios, proporcionando, desta maneira, condições de compra para a população mais carente. Todas as doações são coletadas por uma equipe de apoio e depois armazenadas e comercializadas em um barracão, localizado na Rua Marechal Cardoso Júnior, 1254 – Uberaba.

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Esta coluna é publicada em todos os domingos. O espaço é destinado a empresas que queiram divulgar suas ações na gestão de pessoas e projetos na área social, bem como àquelas que queiram dividir suas experiências profissionais. A publicação é gratuita. As histórias publicadas são baseadas em fatos reais. O autor, no entanto, reserva-se o direito de acrescentar a elas elementos ficcionais com o intuito de enriquecê-las. Currículos para www.debernt.com.br.

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